
Encruzilhada
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português
10.14393/ouv-v20n1a2024-67054
ISSN1983-1005
Autores Tópico(s)Migration, Racism, and Human Rights
ResumoProponho pensar a epistemologia da encruzilhada como a boca da [r]existência do povo preto, traçando assim pensamento da encruzilhada como afirmação da política da diferença e crítica à colonialidade do poder-saber, ao pensamento eurocêntrico e patriarcal. O objetivo é compreender a complexidade de Exu como pedra filosofal negra e a encruzilhada como agenciamento político-discursivo, onde os sujeitos subalternos possam, a partir de si, pensarem um novo projeto de humanidade, bem como perceber a alegria, a boca, a desobediência e a palavra como estratégias de resistência ao nos fazer pensar o lugar social e político de fala que os sujeitos e sujeitas ocupam na sociedade. Para abordar esse assunto, irei debruçar-me no Mito de Exu, bem como recuperar a filosofia da encruzilhada a partir de uma leitura de dentro e problematizá la sob o signo da resistência. Conclui se que a encruzilhada como agenciamento transforma-se numa potente máquina de guerra contra toda forma de opressão e ao mesmo tempo é o lugar de emancipação do povo preto. Encontra na alegria, na palavra e na fala a forma mais ampla e correta de humanização, libertação e [r]existência.
Referência(s)