
Variação linguística no Enem: uma análise dos cadernos de 2017 a 2023
2023; Volume: 23; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5433/1519-5392.2023v23n3p70-95
ISSN2764-0809
AutoresMarli Ferreira de Carvalho Damasceno, Marcus Antonio de Sousa Filho, José Ribamar Lopes Batista Júnior,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoA língua pode ser condicionada por fatores internos, em seu sistema fonético, lexical, morfológico, sintático, fonológico, discursivo e semântico e por fatores externos, tais como: sexo ou gênero, nível de escolaridade, faixa etária, classe social, etnia, região, oralidade e escrita. Por conseguinte, o espaço escolar pode funcionar como um local de socialização, que respeita as diferenças linguísticas, e que reconhece a heterogeneidade como fator intrínseco à linguagem, especialmente no final do ensino médio, etapa em que os discentes farão o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Essa percepção contribui para a redução do preconceito linguístico, pois o uso real da língua ultrapassa os conceitos impostos pela Gramática Normativa. Além disso, a abordagem dessa temática na escola e em exames nacionais contribui para que haja o reconhecimento da pluralidade de usos da língua, além de corroborar o fato de ela ser empregada de maneiras distintas em diferentes contextos e para diversos fins. Isso abrange desde situações mais formais, como a escrita acadêmica, até interações informais do cotidiano. Por isso, este trabalho objetivou analisar o tratamento dado à variação linguística na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias do Enem nos anos de 2017 a 2023. Como procedimento metodológico, foi utilizada uma pesquisa documental. Como resultado, foi observado que a prova ainda oferece uma pequena discussão acerca da variação, quando comparada ao número extenso de questões, não aprofundando em temáticas como o preconceito linguístico, por exemplo.
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