
Imagem corporal e transtornos alimentares em adolescentes atletas de judô
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n1-344
ISSN2595-6825
AutoresMarina Santos Menezes, Kate Amabile Bertolucci Mioni Alves, Amanda Costa De Lima, Rosângela Ricardo Vieira,
Tópico(s)Eating Disorders and Behaviors
ResumoIntrodução: Comportamentos alimentares inadequados em conjunto com diversos fatores externos e internos são responsáveis pelo desenvolvimento dos transtornos alimentares (TAs), que são síndromes psiquiátricas caracterizadas por fortes perturbações no comportamento alimentar entre elas a restrição alimentar, a compulsão alimentar e os métodos purgativos. Modalidades como judô, tae-kwon-do, jiu jitsu e boxe, que apresentam categorias por peso corporal parecem incentivar o uso de métodos não saudáveis, entre eles restrição alimentar e a utilização de métodos patogênicos, para o controle do índice de massa corporal (IMC). Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa do tipo transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa, que avaliou a incidência de transtornos alimentares e distorções na imagem corporal em adolescentes atletas de judô em um clube esportivo da Cidade do Recife/PE. Para coleta de dados, foram aplicados questionários contendo dados sociodemográficos, para avaliação da presença de transtorno alimentar utilizamos o Teste de Atitudes Alimentares/Eating Atitudes Test (EAT-26) e para a presença de distorções na imagem corporal o instrumento Questionário de Mudança Corporal/Body Shape Questionnaire (BSQ). Por fim, na avaliação do estado nutricional foram coletadas as medidas antropométricas, como o peso corporal e estatura, para a determinação do Índice de Massa Corporal para idade (IMC/I), aplicando nas curvas de crescimento da OMS de 2007. Resultados: Foram entrevistados vinte atletas, sendo distribuído igualitariamente entre os gêneros feminino e masculino, com mediana de idade de 13,5 anos. Com base nos dados do IMC/I, foi verificado uma maior incidência de atletas com diagnóstico nutricional de eutrofia (65%), porém 35% dos atletas estudados foram classificados com sobrepeso ou obesidade. Os resultados do presente estudo evidenciaram que apenas 15% participantes apresentaram comportamentos alimentares de risco para os transtornos alimentares, da mesma forma que 15% participantes apresentaram insatisfação corporal, não apresentando associações de risco relacionadas ao gênero e ao estado nutricional. Conclusão: Os dados concluíram que a incidência de transtornos alimentares na população estudada foi baixa. Observou-se também, que apesar da maior parte dos adolescentes apresentarem IMC dentro dos parâmetros ideais, muitos se consideram insatisfeitos com a sua imagem corporal, tal fato sinaliza a importância dos profissionais da área da saúde e da educação incentivem os adolescentes a combaterem o estereótipo do padrão de beleza, prevenindo atitudes e condutas comportamentais inadequadas.
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