Aspectos clínicos e fisiopatológicos da torção testicular
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n1-327
ISSN2595-6825
AutoresHumberto Novais Da Conceição, Marina Pezzetti Sanchez Diogo, Thiago Callak Teixeira Vitorino, Ana Carolina Veras Juntolli, Eduarda Pereira Castanheira, Cristiano Rafael Huff, Emmanoel de Jesus Siquara Neto, Júlia Souza Gonçalves,
Tópico(s)Male Reproductive Health Studies
ResumoIntrodução: Torção testicular ocorre devido à rotação do cordão espermático em torno do seu eixo longitudinal, levando ao estrangulamento dos vasos que irrigam o escroto. Ela configura uma das principais emergências urológicas agudas que acometem meninos, podendo ser extravaginal ou intravaginal, aquele é mais comum no período perinatal e, esse nas demais idades. Metodologia: É uma revisão sistemática realizada por meio de pesquisas nas bases de dados: PubMed e SciELO utilizando os descritores: “Testicular Torsion” OR “Spermatic Cord Torsion” e “Torção Testicular”. Foram encontrados 3719 artigos, que foram submetidos aos seguintes critérios de seleção: artigos nos idiomas português e inglês; publicados no período de 2014 a 2024 e que abordavam as temáticas propostas para esta pesquisa, disponibilizados na íntegra. Após os critérios de seleção restaram 13 artigos. Discussão: O principal fator de risco para a ocorrência de torção testicular é a presença de anomalia de badalo, permitindo a movimentação do testículo dentro da túnica. O cordão espermático costuma torcer em 180º a 720º, interrompendo o fluxo sanguíneo para o testículo, causando isquemia e possível necrose desse órgão. O quadro clínico é composto por dor escrotal unilateral intensa de início súbito e com menos de 24 horas de duração, podendo estar associada a náuseas, vômitos, edema escrotal, sensibilidade testicular e eritema. O tempo é uma questão importantíssima quando se trata do diagnóstico e tratamento da torção, uma vez que quanto mais demorar para fazê-los, menor a taxa de salvamento testicular. Nesse sentido, o diagnóstico dessa afecção na maior parte das vezes é clínico, com auxílio do escore TWIST, mas quando necessário utiliza-se a ultrassonografia com doppler colorido. Por fim, o tratamento é feito por meio de cirurgia exploratória do testículo. Conclusão: Diante disso, é necessário que médicos generalistas estejam capacitados para identificar e manejar de forma ágil e correta essa afecção. Além disso, é importante que acometidos saibam identificar possíveis sintomas da torção testicular e buscar ajuda médica quando os apresentarem.
Referência(s)