
Hölderlins Verständnis des Tragischen aus der Perspektive des Tiresias, des “Aufsehers über die Naturmacht”
2023; Issue: 43 Linguagem: Português
10.17074/cpc.v1i43.54777
ISSN2447-875X
AutoresKathrin Holzermayr Lerrer Rosenfield,
Tópico(s)Political Theology and Sovereignty
ResumoEste artigo tenta derivar a concepção trágica de Hölderlin da parte mediana (2) das Observações sobre Édipo e Antígona, na qual o poeta esboça sua leitura ou interpretação com observações críticas. Em contraste com as observações teóricas das partes (1) e (3), a atenção do leitor é levada para certas distinções sutis do original que não podem ser compreendidas conceitualmente. Pois em contraste com as considerações teóricas gerais, Hölderlin aqui enfatiza as relações entre motivos e figuras que precisam ser intuídas na leitura da peça, dando assim à tragédia um sentido mais vívido. As figuras assinaladas captam as relações de poder ancoradas nas estruturas míticas e nas divindades de esferas opostas: Tiresias e os descendentes dos espartos (spartoi) representam os poderes da natureza que brotaram da terra selvagem sem casamento e sem pai; Zeus, em oposição, é o "pai do tempo" ou "pai da terra" que representa a cultura humana e a sucessão patriarcal. Através de sua sensibilidade poética, Hölderlin parece ter vislumbrado as complexidades do pensamento mítico, do ritual e dos costumes jurídicos de Atenas clássica, antecipando de modo intuitivo as análises estruturais da antropologia histórica do século XX. Suas Observações esboçam as relações específicas dos poderes naturais e culturais, colocando o(s) herói(s) no campo de tensão entre o "poder natural" cego dos deuses inferiores e a ordem olímpica de Zeus, e atribuindo a Tiresias a função de "guardião da potência natural", vendo-o assim como o representante dos deuses inferiores (e do lado sombrio de Apolo).
Referência(s)