Artigo Acesso aberto Produção Nacional

O uso de tecnologias no processamento de produtos para a saúde e seus impactos na segurança do paciente

2023; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.55028/pecibes.v9i2.20056

ISSN

2594-9888

Autores

Rosilene Martins Souza Clemente, Rodrigo Domingos de Souza, Kaysa De Souza Brandão, Eliete Marques Sena, Pedro Wilson de Barros Nobre,

Tópico(s)

Public Health in Brazil

Resumo

Introdução: Na Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande - MS (SESAU), a Central de Material e Esterilização (CME) é responsável por assegurar boas práticas de processamento de produtos para saúde. A magnitude deste processo é devido aos desafios enfrentados quanto a padronização de técnicas (1) Objetivo: Descrever as tecnologias padronizadas no processamento de produtos para saúde e seus impactos na segurança do paciente. Método: Trata-se de um relato de experiência de servidores da SESAU, que compõe a Gerência de Materiais e Esterilização (GME) e a Gerência de Segurança do Paciente (GSP) sobre a padronização de tecnologias utilizadas no processamento de produtos para a saúde disponibilizados na Rede de Atenção à Saúde (RAS) de Campo Grande/ MS. Resultados e discussão: Desde 2020, a GME vem aprimorando os métodos de monitoramento de indicadores da qualidade utilizados nas CME da RAS de Campo Grande. Noventa e quatro Unidades de Saúde possuem CME e são responsáveis pelo processamento de materiais. Como tecnologias utilizadas nesse processo, destacam-se: o uso de testes físicos, para identificar as condições internas da autoclave, como por exemplo termômetros, manômetros e manovacuômetros; Testes químicos, como o uso de fitas adesivas impregnadas com tintas termocrômicas (fitas zebradas), o teste Bowie-Dick e os integradores químicos; O uso de testes biológicos, como os indicadores biológicos; A implantação de Procedimento Operacional Padrão (POP) e Instruções de Trabalho (IT) voltados para CME dispostos no Manual de Normas Técnicas na Área de Enfermagem e Multiprofissional, responsáveis por padronizar e orientar o serviço; A educação permanente como ferramenta de aperfeiçoamento das práticas em saúde; e a padronização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que proporcionam maior segurança ao profissional durante o processamento dos produtos. Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a GME certificou 1064 profissionais da RAS entre odontólogos, auxiliares de saúde bucal, enfermeiros, técnicos de enfermagem e gerentes de unidades, sobre o manual de boas práticas no processamento de produtos para a saúde. Os profissionais selecionados para trabalhar no CME precisam de qualificação específica na área e treinamento, o que influenciará diretamente no funcionamento do setor e na segurança dos pacientes (2). Nessa perspectiva, o cuidado prestado ao paciente pelos profissionais do CME ocorre de maneira indireta e vai além da realização de atividades consideradas rotineiras e repetitivas. A responsabilidade de entregar materiais seguros e livres de contaminação para todas as unidades consumidoras ressalta a importância do setor para a garantia da segurança do paciente e das atividades executadas nas instituições de saúde (3). Conclusão: Diante do exposto, tem-se observado impactos positivos na segurança do paciente, como a qualidade do processamento de produtos e consequente prevenção de infecções e a diminuição de riscos e danos ocasionados por profissionais de saúde, garantindo a qualidade necessária para uma assistência segura.

Referência(s)