Educar para o progresso da nação:
2024; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 25; Issue: 76 Linguagem: Português
10.12957/teias.2024.73217
ISSN1982-0305
AutoresCarlota Boto, Júlia Souza Santos Giardino, Tiziana Ferrero,
Tópico(s)Employment, Labor, and Gender Studies
ResumoO presente artigo objetiva investigar as finalidades assumidas pela disciplina escolar português no período entre 1930 e 1971 no Brasil, a partir do estudo de livros didáticos. Procuramos efetuar uma periodização inscrita diretamente na história da educação brasileira. Sendo assim, o marco inicial é 1930, ano em que foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, e em que se percebeu um progressivo controle estatal sobre a educação e a produção de livros didáticos no país. A data final é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 5.692/1971), uma vez que provocou mudanças significativas no ensino básico. A partir dos fundamentos teórico-metodológicos da história cultural, buscou-se lançar luz sobre os discursos presentes nos livros escolares da disciplina português adotados no ensino primário e no secundário, evidenciando aproximações de cada etapa. Disponíveis na biblioteca do livro didático na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, as fontes forneceram relevantes indícios sobre as práticas em sala de aula, de maneira a esclarecer em parte o contexto social, histórico e pedagógico do período em questão. Foi possível concluir que o ensino da língua materna, dentro do processo de escolarização, era pensado e mobilizado como aliado a um projeto civilizatório que visava à inculcação de certos valores e comportamentos considerados fundamentais à nação.
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