Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Educação Matemática e Ciência

2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34019/2594-4673.2023.v7.38525

ISSN

2594-4673

Autores

Denizalde Jesiél Rodrigues Pereira, João Carlos Gilli Martins, Antenor Parolin Júnior,

Tópico(s)

Education and Digital Technologies

Resumo

Indagamos, inicialmente, se a Educação Matemática poderia ser considerada uma ciência. A partir dessa indagação, mergulhamos em autores e autoras da História e Filosofia da Ciência, sobretudo Fara (2014), Andery (2014) e Chalmers (1993), para saber o que esses autores dizem a respeito da temática, como conceituam, que relações estabelecem com os períodos históricos vividos pela humanidade e as respectivas correntes filosóficas inerentes a esses processos. Nosso viés teórico fundamental foi o materialismo histórico dialético, com metodologia de tipo qualitativa, sobretudo revisão bibliográfica. Revisitamos os grandes clássicos da história e as formas como esses apresentaram seus feitos à humanidade, desde o Egito e a Babilônia, passando pela Grécia Antiga e, sobretudo, com seu apogeu com a chegada do conhecimento à Europa, quando se globaliza e se universaliza. Chalmers (1993), por sua vez, é convocado, com suas formulações categorizantes, no campo da Filosofia da Ciência, levantando pilares e derrubando-os um a um, a partir das contradições em seus próprios termos. Aproximamos suas conclusões das de dois textos, críticos da mesma forma, de Miguel (2004 e 2022), e sua proposição conceitual edificante, que consideramos revolucionária, de indisciplinarização. Ao final, oferecemos respostas, sobre nossas indagações, assentados nas conclusões de nossos autores prioritários, relacionando-as, de modo crítico, a um certo poder mítico à ideia de ciência, que as gerações trataram de criar e sustentar, e que podem gerar práticas sociais excludentes.

Referência(s)