Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A história de um calcanhar angolano entre Luanda e Lisboa

2023; Volume: 40; Linguagem: Português

10.24261/2183-816x1340

ISSN

2183-816X

Autores

Gustavo Henrique Rückert,

Tópico(s)

Travel Writing and Literature

Resumo

Os deslocamentos pelas fronteiras identitárias impostas na modernidade ocidental configuram as principais questões da contemporaneidade, sejam essas fronteiras as de nacionalidade, de raça, de gênero ou de eficiência e capacidade. Nesse sentido, o romance Luanda, Lisboa, Paraíso, publicado em 2018 pela escritora angolana/portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida, é bastante elucidativo. Os personagens Cartola e Aquiles migram de Angola para Portugal em razão de uma má-formação no calcanhar do último. Assim, o corpo negro e com deficiência desafia a corponormatividade moderna, tornando--se indesejado na ex-metrópole, e por isso vítima de racismo e capacitismo. Amparado teoricamente nos estudos da deficiência e nos estudos pós-coloniais, este trabalho se propõe a analisar o corpo do personagem Aquiles em seu deslocamento, entendendo este como de fundamental importância para a compreensão das condições de mobilidade e imobilidade imposta aos sujeitos colonizados.

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