Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Hemorragia maciça das cápsulas suprarrenais na escarlatina (Síndrome de Waterhouse-Friderichsen na escarlatina)

1968; Volume: 28; Issue: 1-2 Linguagem: Português

10.53393/rial.1968.28.33437

ISSN

2176-3844

Autores

Evandro Pimenta de Campos,

Tópico(s)

Cerebrovascular and Carotid Artery Diseases

Resumo

Pela primeira vez é documentado na literatura mundial caso de hemorragia maciça das cápsulas suprarrenais, no transcorrer da escarlatina. Os sinais clínicos e achados anatomo-patológicos permitem incluir o referido caso na Síndrome de Waterhouse-Friderichsen. Estudo microscópico dos diferentes tecidos e órgãos demonstra a ação de toxina eritrogênica, evidenciando-se intensa dilatação e paralisia de toda a rede capilar, com focos de hemorragia. O exame macroscópico das suprarrenais revela-nos aspecto francamente hemorrágico; o exame microscópico mostra-nos grande extensão do parênquima, conservado, o que não impediu o estado de choque e morte do paciente. No presente trabalho não foi encontrada inflamação da meninge, o que também pode acontecer na síndrome de Waterhouse-Friderichsen. Outras bactérias, além do meningococo, têm sido identificadas por diversos autores como responsáveis pela síndrome, tais como: estreptococo, estafilococo, colibacilo, bacilo piociânico, bacilo de Friedlander; portanto, na meningococcemia fulminante ou na síndrome de Waterhouse-Friderichsen, é importante o isolamento do agente, no líquor, sangue, ou nas petequias ou máculas cutâneas.

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