Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Processo de criação de máquina extrusora para criação de filamentos de impressão 3d, através de resíduos sólidos recicláveis de polímeros termoplásticos

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 10; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34117/bjdv10n3-011

ISSN

2525-8761

Autores

Gabriel de Lima Ferreira, Sostenes Fernandes dos Santos, Iuri Kauã Simão de Oliveira, Marcos Cordeiro Mamede Filho, Emerson Medeiros Noberto,

Tópico(s)

Additive Manufacturing and 3D Printing Technologies

Resumo

Este trabalho descreve o desenvolvimento de uma extrusora de baixo custo para a produção de filamentos de impressão 3D a partir de garrafas PET recicladas. A iniciativa surgiu com o objetivo de criar uma solução acessível para escolas públicas, institutos e laboratórios Maker em todo o Brasil, permitindo a fabricação de filamentos sustentáveis e a promoção da educação ambiental. A pesquisa foi embasada em estudos anteriores que destacam o potencial do PET reciclado para uso em impressão 3D. O processo envolveu várias etapas, começando pelo filetamento das garrafas PET para obter uma fita de 1 cm de largura, conforme sugerido por estudos durante a revisão bibliográfica. Em seguida, a fita de PET foi direcionada para uma matriz aquecida, parte fundamental da extrusora, onde foi derretida e remodelada para a forma cilíndrica, com diâmetro de 2 mm, adequada para impressoras 3D. A extrusora utilizou um bico de 2 mm de diâmetro, e o filamento resultante foi tracionado por um motor de passo com engrenagens controlado por um potenciômetro, garantindo um diâmetro final de 1,75 mm, compatível com impressoras 3D convencionais. O processo foi realizado a uma temperatura de 240°C, garantindo a fusão adequada do PET. Um aspecto importante deste trabalho foi a investigação da pigmentação do filamento. Foram realizados testes com diferentes pigmentos, incluindo tinta de pincel permanente nas cores preta e vermelha, bem como tintas de canetas esferográficas e de quadro branco. Apenas a tinta de pincel permanente vermelha demonstrou aderência homogênea ao material, permitindo a impressão 3D sem problemas. A pesquisa se alinhou com estudos sobre pigmentação de polímeros, proporcionando impressões com uma espessura de camada de 0,2 mm perfeitamente. Os resultados obtidos foram extremamente promissores, evidenciando a viabilidade técnica da produção de filamentos PET reciclados para uso em impressão 3D. Durante o desenvolvimento do projeto, a extrusora foi montada e testada com sucesso no Laboratório Sertão Maker do IFPB Campus Patos. O impacto foi notável, com várias escolas públicas e particulares expressando interesse em replicar a iniciativa em suas instituições. Além disso, o trabalho foi apresentado em eventos acadêmicos, como a SCNT em João Pessoa e a EXPOTEC 2023, com destaque para a contribuição do IFPB Campus Patos. Isso demonstra o potencial de disseminação dessa tecnologia e de nossa pesquisa. Como resultado adicional, foi aprovada uma segunda pesquisa, com foco na produção de vergalhões de alta resistência a partir de polímeros termoplásticos derivados de resíduos sólidos, como o PET, com a aplicação de grafeno e outros compostos na construção civil. Essa pesquisa busca ampliar o conhecimento sobre as propriedades do PET e suas possíveis aplicações.

Referência(s)
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