
Filiação partidária como indicador de mobilização popular
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português
10.55905/cuadv16n3-014
ISSN1989-4155
AutoresCarlos Alberto da Silva Lima, Luiz Fernando Caldeira Ribeiro,
Tópico(s)Religion and Society in Latin America
ResumoO objetivo do trabalho foi identificar se houve mudança estatisticamente significante na quantidade de filiados em partidos políticos, sua escolaridade e idade após os escândalos políticos ocorridos em 2005 (Mensalão) e 2014 (Operação Lava Jato). Como metodologia foi analisada a base de dados de filiações do TSE e, a classificação dos partidos políticos da [ABCP] para a segregação por vertentes partidárias. Foi realizada a decomposição das séries temporais utilizado o software RStudio®. Os dados foram tratados como séries temporais de ciclos quadrienais. Com vistas a testar os dados com base em métodos supervisionados, foi efetuada a análise de autorregressão com médias móveis para modelos sazonais (SARIMA) para as séries temporais. Foram inseridas duas variáveis binárias, cada uma para referenciar temporalmente os eventos mencionados. Tal procedimento teve o intuito de verificar a significância estatística de sua inclusão como coeficientes dos modelos gerados. Analisando-se as séries temporais observa-se que o comportamento das novas filiações partidárias no Brasil a partir da redemocratização segue um padrão sazonal (esperado) de 4 anos. Os fatores de idade e níveis de escolaridade não apresentaram mudanças significativas. No entanto, verificou-se que as novas filiações migraram de partidos tradicionais para novos partidos, reduzindo o poder de partidos tradicionais, e que a esquerda, quando a segregação de partidos é feita em 5 vertentes, mostra pouca expressividade quantitativa. Em relação entre mobilização popular e filiação partidária, os resultados obtidos sugerem que tal relação inexiste e que o ritmo e o perfil dos novos filiados se mantêm os mesmos das últimas décadas.
Referência(s)