
DEGENERAÇÃO CARCINOMATOSA DE UM CISTO PILONIDAL NÃO TRATADO: RELATO DE CASO
2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0044-1781117
ISSN2317-6423
AutoresStephanie de Matos Bragança, Victor de Lima Lacerda, Henrique Hayashi, Vinício Falleiros, Suzana Lima Torres, Thiago Ibiapina Alves, Thiago Agostini Braga,
Tópico(s)Colorectal Cancer Surgical Treatments
ResumoResumo Relatamos o caso do paciente P.M.K, do sexo masculino, de 55 anos, com histórico de cisto pilonidal havia 30 anos, que procurou o Ambulatório de Proctologia devido a tumoração de crescimento progressivo e drenagem de secreção havia dois meses. Ao exame físico, apresentava, na região interglútea superior, lesão multilobulada com áreas de saída de secreção purulenta e pontos de fistulização ao redor. Foram realizadas biópsia e ressonância magnética. O anatomopatológico demonstrou fragmentos superficiais de pele com hiperplasia pseudoepiteliomatosa com discreta atipia. O quadro morfológico pode corresponder a fragmentos superficiais de carcinoma epidermoide bem diferenciado, não havendo representação de invasão na amostra. A RM apresentou lesão sólida vegetante no subcutâneo da região coccígea, com extensão para sulco interglúteo esquerdo, de contorno lobulados, com cerca de 4,7x4,2x2,6 cm, com proximidade com as últimas vértebras coccígeas, mas sinal medular preservado. Notou-se trajeto fistuloso com mínimo conteúdo líquido, e havia espessamento cutâneo da pele do sulco interglúteo esquerdo junto à lesão e desnificação do subcutâneo. O canal anal tinha aspecto preservado, e linfonodos inguinais maiores à esquerda que mediam 1,3x1,0 cm. Indicou-se abordagem cirúrgica, e foram realizadas exérese com margem de 2 cm das bordas da lesão e dissecção por planos até a visualização dos músculos glúteos. Ressecou-se um segmento do cóccix por invasão de aproximadamente 2 cm de diâmetro. Após o procedimento, o paciente foi encaminhado para a câmara hiperbárica, e realizou 20 sessões. O AP da lesão evidenciou carcinoma epidermoide bem diferenciado com diâmetro máximo de 6,3 cm e espessura máxima de 2,5 cm. Observou-se a presença de invasão perineural, sem invasão vascular, margens cirúrgicas livres, e cóccix livre de comprometimento neoplásico. O paciente encaminhado para a Oncologia Clínica, e realizou dez sessões de radioterapia. Uma PET-CT realizada após a adjuvância não demonstrou acometimentos sugestivos de neoplasia. O paciente segue em acompanhamento com a Oncologia e a Proctologia.
Referência(s)