Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

CIRURGIA ROBÓTICA NO TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA DE RETO BAIXO EM PACIENTE COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: RELATO DE CASO

2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0044-1780920

ISSN

2317-6423

Autores

S. Q. S. B. Boudoux, Elias Luciano Quinto de Souza, Lina Maria Góes de Codes, Flávia de Castro Ribeiro Fidelis, Thamy Cristine Santana Marques, Mayara Maraux Maranhão, Rafaella Alcântara Alves Melo, A. G. Souza Filho,

Tópico(s)

Genetic factors in colorectal cancer

Resumo

Apresentação do Caso Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, de 66 anos, com histórico de polipose intestinal adenomatosa (PAF) aos 60 anos, pólipos duodenais e osteoma de mandíbula. Uma colonoscopia evidenciou lesão úlcero-infiltrativa no reto distal, que acometia 50% da luz do órgão, e se estendia cranialmente por 7cm da margem anal e distalmente até próximo à linha pectínea. O AP revelou adenocarcinoma e inúmeras lesões sésseis e plano elevadas em todos os segmentos examinados, maiores até 25mm a 30 mm. A RNM mostrou lesão expansiva, semicircunferencial, no reto baixo, com margem distal cerca de 2,5 cm acima da borda anal, que se estendia por 5,5 cm cranialmente, no plano do anel anorretal, com borda infiltrativa de 11 h até 4 h, que se estendia além da muscular própria, e a fáscia mesorretal estava envolvida. Havia 3 linfonodos com sinal heterogêneo que mediam até 8 mm (T3bN1). No painel genético, havia uma variante patogênica no gene APC e uma incerta. A paciente foi submetida a neoadjuvância total aos moldes do estudo OPRA (RT de curso longo, seguida de QT de consolidação com CAPOX por quatro meses de indução e QT de manutenção). Houve redução da lesão, com margem distal atualmente localizada a 3 cm da borda anal, estendendo-se por 3 cm cranialmente, sinal de fibrose, distando de 1 mm a 2mm da fáscia mesorretal, sem linfonodos suspeitos (yT3aN0). Realizou-se retossigmoidoscopia com área de convergência de pregas com neovascularização da mucosa a cerca de 2,5 cm da borda anal. Após discussão em tumor board, optou-se por proctocolectomia total com excisão total do mesorreto, confecção de bolsa ileal, anastomose bolsa ileal-canal anal e ileostomia protetora por via híbrida robótica e laparoscópica. Na peça cirúrgica foi evidenciado adenocarcinoma residual com margens radiais livres de neoplasia, invasão até o tecido adiposo, sem invasão perineural ou angiolinfática, com 19 linfonodos livre de neoplasia. O perfil IHQ apresentou baixa probabilidade de instabilidade microssatélite.

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