
RESOLUÇÃO MINIMAMENTE INVASIVA DE FÍSTULA SIGMOIDE-VAGINAL POR DOENÇA DIVERTICULAR
2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0044-1780996
ISSN2317-6423
AutoresJohn Aníbal Tapia Baca, Rodrigo Ambar Pinto, Carolina Reis Bonizzio, Gabriela Lopes Fonseca, Isaac José Felippe Corrêa Neto, Thaís Villela Peterson, Carlos Frederico Sparapan Marques,
Tópico(s)Diverticular Disease and Complications
ResumoApresentação do Caso Uma paciente do sexo feminino, de 67 anos, com antecedente de doença diverticular com várias crises de repetição, inicialmente tratada com antibioticoterapia, teve várias internações com complicações clínicas. Há 6 meses passou a apresentar dor no baixo ventre de forte intensidade associada à saída de fezes e gases pela vagina, além de infecções urinárias de repetição, com E. coli multirresistente. Ao exame físico, identificou-se abdome doloroso à palpação na fossa ilíaca esquerda, e ao toque vaginal, presença de orifício fistuloso no fundo da cúpula vaginal à esquerda, doloroso, e o toque retal sem alterações. A paciente foi submetida a uma colonoscopia, em que foram evidenciados múltiplos óstios diverticulares; e a ressonância da pelve confirmou a presença de fístula entre o sigmoide e a vagina. Indicou-se retossigmoidectomia por videolaparoscopia, inicialmente fez-se dissecção mediolateral, identificação da veia mesentérica inferior, ligadura na sua raiz, abaixamento da Gerota, abertura da transcavidade dos epíplons, liberação do intercoloepiploico, ângulo esplénico. Depois, fez-se a identificação da artéria mesentérica inferior, ligadura distalmente na raiz da artéria cólica esquerda, preservando artéria retal superior, e abertura da goteira parietocólica esquerda, mobilizando todo o cólon descendente. Também fez-se a identificação da fístula sigmoide vaginal, e dissecção e interrupção do orifício fistuloso vaginal, corrigido com sutura em X de fio absorvível. Retirou-se a peça mediante incisão de Pfannenstiel, foram realizados anastomose colorretal mecânica término-terminal, teste pneumático negativo, e fechamento da brecha do mesentério, e optou-se por drenagem de cavidade com dreno Penrose japonês 8. A paciente evoluiu sem intercorrências, com alta no quinto dia de pós-operatório, com laxantes a fim de deixar fezes pastosas, analgésicos e antibioticoterapia por sete dias. Ela retornou após uma semana com leve dor local, sem complicações.
Referência(s)