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ESQUISTOSSOMOSE PSEUDOTUMORAL NO CANAL ANAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0044-1781166

2317-6423

Italo Ruan Ribeiro Cruz, Laina do Amaral Mascarenhas Paraguassu Tomé, Joaquim Góis, Yasmin Hora Góis Gonzaga, Júlia Medeiros Menezes, Karen Ito Tabata, Beatriz Dantas dos Santos Ramos, Alana Francisca Machado Melo,

Colorectal and Anal Carcinomas

Apresentação do Caso Um paciente de 47 anos, do sexo masculino, procurou atendimento ambulatorial devido a quadro de hematoquezia havia cerca de 5 meses, associado a desconforto ao defecar e saída de secreção amarela nas fezes. Apresentava ritmo intestinal regular, diário, com fezes formadas. De antecedentes, negava comorbidades, alergias e uso de medicações contínuas e histórico familiar positivo para câncer de ovário na mãe. Ao exame físico proctológico, identificou-se: inspeção anal sem alterações, hipertonia do esfíncter ao toque e mucosa granulosa e inflamada com saída de secreção purulenta e sangue à anuscopia. Então, foi prescrito mezacol supositório e solicitada colonoscopia, que evidenciou, no canal anal, junto à linha pectínea, grande lesão infiltrativa ulcerada rasa, de bordos elevados e irregulares, infiltrativa e sangrante, sugestiva de CEC. O anatomopatológico (AP) revelou colite crônica inespecífica de moderada intensidade polipoide e ausência de neoplasia. Então, optou-se por realizar biópsia de reto distal. O novo AP evidenciou esquistossomose intestinal (presença de ovos obstruindo pequenos vasos submucosos intestinais e causando reação inflamatória granulomatosa (granulomas esquistossomóticos). Realizou-se tratamento com praziquantel, com melhora do quadro do paciente.