
CONDILOMA ACUMINADO GIGANTE: RELATO DE CASO
2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0044-1781157
ISSN2317-6423
AutoresWagner Mariano Jardim, José Mauro dos Santos, Humberto Fenner Lyra Júnior, Marlus Tavares Gerber, Pedro Henrique de Paiva Bertoli, João Carlos Costa de Oliveira,
Tópico(s)Archaeological and Historical Studies
ResumoO condiloma acuminado gigante, também conhecido como tumor de Buschke‐Löwenstein, é uma condição clínica incomum associada ao HPV, cuja incidência na população é de 0,1%. Clinicamente, os pacientes se apresentam com quadro de sensação de tumoração perianal associada a prurido local. Histologicamente, evidenciam-se coilocitose, mitoses infrequentes, hiperceratose e membrana basal intacta; não se observam embolização angiolinfática, infiltração perineural ou metástase. O tumor de Buschke‐Löwenstein apresenta recorrência pós-tratamento de aproximadamente 60%. Seu rápido crescimento costuma estar associado a situações de imunodeficiência, como infecção pelo HIV, tratamento com imunossupressores, etilismo e diabetes mellitus. Existe a possibilidade da ocorrência de degeneração maligna em carcinoma espinocelular. O caso aqui relatado é o de paciente do sexo masculino, de 23 anos, portador de HIV, em uso irregular da TARV, sem outros fatores de risco relatados. Veio com histórico de rápido crescimento de tumoração perianal com acometimento de todo o períneo, inclusive da bolsa escrotal, associado a desconforto local e prurido. Foram tomadas biópsias, e o aspecto e a histologia favoreciam o diagnóstico de tumor de Buschke‐Löwenstein. O paciente foi encaminhado para a realização de procedimento cirúrgico de ressecção local ampla, que, pela incerteza de malignidade associada à lesão, foi realizado em duas etapas com intervalo de 6 meses, após o resultado do anatomopatológico. Na primeira cirurgia, realizou-se ressecção das lesões perianais, e na segunda foram ressecadas as demais lesões perineais. Ambos os pós-operatórios se deram sem intercorrências. Atualmente, o paciente mantem acompanhamento regular no Ambulatório de Proctologia, com boa evolução e sem sinais de recorrência local, e relata melhora importante da qualidade de vida.
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