Artigo Acesso aberto Revisado por pares

ADENOCARCINOMA COLORRETAL NA ADOLESCÊNCIA ASSOCIADO A POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português

10.1055/s-0044-1780931

ISSN

2317-6423

Autores

Italo Ruan Ribeiro Cruz, Laina do Amaral Mascarenhas Paraguassu Tomé, Júlia Medeiros Menezes, Paula Tatiana Siqueira Souza de Oliveira, Pedro Henrique Vidal de Lima Uchoa, Cláudio Gabriel Pinto, Joaquim Góis, Yasmin Hora Góis Gonzaga,

Tópico(s)

Genetic factors in colorectal cancer

Resumo

Apresentação do Caso Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, de 15 anos, que procurou atendimento ambulatorial devido a dor abdominal difusa, de forte intensidade, diária, em cólica, com piora ao defecar, associada a hematoquezia. Ela apresentava ritmo regular diário de fezes formadas e às vezes pastosas, e negava perda de peso recente. De antecedentes, negava comorbidades, alergias e uso de medicações contínuas e histórico familiar negativo para neoplasias malignas. Ao exame proctológico, inspeção e toque anal sem alterações, à anuscopia, observou-se a presença de pólipos. Uma colonoscopia evidenciou pólipos de reto baixo ao ceco, de diversos tamanhos, 4 cm de margem de mucosa livre e canal anal ao reto com polipose. O exame anatomopatológico evidenciou adenoma serrátil com displasia de baixo grau. e então, optou-se por realizar colectomia total, confecção de bolsa ileal e ileostomia protetora. No pós-operatório, a paciente evoluiu bem clinicamente. No novo histopatológico, apresentava adenocarcinoma intramucoso focal (achado microscópico), em adenoma túbulo-viloso com displasia de alto grau, ausência de invasão muscular da mucosa/submucosa, múltiplos adenomas tubulares e túbulo vilosos, com displasia de baixo grau e alto grau. Não foram identificadas metástases nos adenomas (246) e linfonodos (78). Dessa forma, foi orientado rastreio com colonoscopia nos irmãos, e a paciente foi encaminhada para acompanhamento com oncologista clínico, o qual não indicou adjuvância, e com nutrolólogo. Após dois anos, a paciente retornou para o fechamento da ileostomia e a reconstrução do trânsito intestinal. Pelo risco de estenose, foi realizada retossigmoidoscopia, que mostrou mucosa de canal anal e reto distal lisa e íntegra, com leve estreitamento de cerca de 12 mm, bolsa ileal ampla, sem alterações. A paciente evoluiu bem após a segunda abordagem cirúrgica, e foi recomendado acompanhamento com retossigmoidectomias periódicas, mas paciente perdeu o seguimento, não retornou ao ambulatório.

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