TROMBOSE HEMORROIDÁRIA ASSOCIADA A MALFORMAÇÃO VASCULAR PÉLVICA APÓS EMBOLIZAÇÃO: RELATO DE CASO
2023; Thieme Medical Publishers (Germany); Linguagem: Português
10.1055/s-0044-1781107
ISSN2317-6423
AutoresFadia Taia Magno Becker, Tuane Colles,
Tópico(s)Central Venous Catheters and Hemodialysis
ResumoUm paciente do sexo masculino, de 42 anos, com histórico de malformação arteriovenosa (MAV) proveniente do tronco anterior da artéria ilíaca interna esquerda, de aproximadamente 10 cm, com drenagem para as veias pélvicas/ilíaca interna direita, com 2 aneurismas venosos de provável origem congênita, foi submetido a embolização parcial dos aneurismas, e evoluiu no quarto dia de pós-operatório com dor na região anal. Foi submetido a exame coloproctológico, em que foram observadas hemorroida externa anterossuperior com sinais de trombose e hemorroidas internas congestas. O paciente foi submetido a hemorroidectomia à Milligan Morgan da hemorroida anterolateral direita e ligadura das hemorroidas internas, e optou-se por uma abordagem mais conservadora. O paciente tinha histórico de hemorroidas internas com presença de sangramento havia dois anos, e respondeu ao tratamento clínico, sem demais comorbidades. Anatomicamente, a irrigação arterial e venosa da região anal divide-se como base a linha pectínea; acima da linha denteada o suprimento sanguíneo do canal anal é feito pela artéria retal superior (ramo da artéria mesentérica inferior). O sangue venoso flui pelo plexo hemorroidário interno para a veia retal superior (sistema porta-hepático); abaixo da linha denteada, o suprimento sanguíneo chega pelas artérias retais média (ramo da artéria ilíaca interna) e inferior (ramo da artéria pudenda interna da artéria ilíaca interna). O sangue venoso drena pelo plexo hemorroidário externo para as veias retais média e inferior (circulação corporal). Pacientes com MAVs principalmente na região pélvica (ilíacas) têm maior suscetibilidade a evoluir com complicações na região anal, sendo a doença hemorroidária a mais comum; devido à intervenção no médio/longo prazo da irrigação arterial da região anal, opta-se por uma abordagem mais conservadora e mantém-se o paciente em acompanhamento.
Referência(s)