
Uma investigação dialógica de um confronto discursivo entre situação e oposição no congresso brasileiro
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.3-153
ISSN1988-7833
AutoresNorberto Niclotti Catuci, Leonardo Sarmento Travincas de Castro, Eduardo Henrique Sampaio Marques,
Tópico(s)Education and Public Policy
ResumoEste estudo investiga um confronto ocorrido em 28 de março de 2023, durante uma sessão da Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ) do Congresso Nacional, enfocando a interação entre o então Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o deputado federal André Fernandes. Por meio da teoria dialógica do discurso do Círculo de Bakhtin, analisamos como os conceitos de palavra autoritária versus palavra de autoridade e forças centrípetas versus centrífugas se manifestam no discurso político. Um exemplo ilustrativo é a maneira como Flávio Dino emprega uma linguagem de autoridade, buscando unificar o discurso em torno de políticas de segurança, contrastando com a abordagem centrífuga de André Fernandes, que desafia essa unidade, refletindo a diversidade de opiniões dentro da esfera política. Os resultados revelam como as estratégias discursivas adotadas por ambos os agentes políticos não apenas espelham, mas também refratam as vozes sociais dos apoiadores do Presidente Luís Inácio Lula da Silva (situação) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (oposição). Através da análise de trechos específicos do debate, observa-se a complexidade das dinâmicas de poder e resistência dentro do diálogo político. Concluímos com uma reflexão crítica sobre os embates políticos no contexto atual de instabilidade democrática no Brasil. Este estudo destaca a importância de se promover diálogos políticos que sejam construtivos e propositivos, especialmente em períodos de tensão política. A análise deste caso específico na CCJ oferece insights valiosos sobre como o decoro parlamentar e a ética política podem ser desafiados em debates acalorados, ressaltando a necessidade de maior responsabilidade e reflexão crítica por parte dos agentes políticos.
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