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Análise da interferência da abertura de estradas nos Parâmetros Morfométricos da rede de drenagem da bacia hidrográfica do alto rio das Garças – Rondônia, Amazônia Sul Ocidental

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português

10.55905/cuadv16n3-056

ISSN

1989-4155

Autores

Tamires Cunha de Aguiar, Dorisvalder Dias Nunes, Michel Watanabe, Adriana Cristina da Silva Nunes, Paulo André da Silva Martins, Raysa Sena de Melo, Daiana Cristina Batista Floresta,

Tópico(s)

Wildlife-Road Interactions and Conservation

Resumo

Estudos sobre os efeitos das estradas nas redes de drenagem da Amazônia demandam levantamentos mais amplos na região. Este trabalho analisou a influência da expansão das estradas na morfometria da bacia hidrográfica do alto rio das Garças, estado de Rondônia, Amazônia Sul Ocidental. O objetivo central foi o de identificar modificações nos índices morfométricos naturais devido à abertura de estradas, aqui entendidas como infraestruturas lineares e das características de uso da terra. Utilizamos análises de imagens de satélite e metodologias de classificação de uso e cobertura da terra e das redes de drenagem com base em Cunha (2010) e Souza e Cunha (2022). O levantamento do incremento das estradas na sequência temporal de 2000, 2010 e 2022 foi realizado por meio da análise de imagens de satélite LANDSAT, sensores 5 e 8, órbita 232/66, e a classificação das tipologias de uso e cobertura da terra foi obtida por meio da metodologia de Brasil (2013) e Nunes (2012), cujos dados foram validados em atividades de campo. Os resultados mostraram que a densidade de drenagem aumentou significativamente, em face do papel das estradas como redes de drenagem efêmeras. Os segmentos da rede viária ampliaram a densidade de drenagem de 0,55 km/km² para 0,76 km/km², significando aumento de 47% no potencial hidrológico da bacia em eventos pluviais. As estradas quando adicionadas à rede de drenagem, representaram cerca de 901,6 km de canais de escoamento no aporte sedimentar. A tendência de degradação da BHARG aumenta se considerarmos que 90% dos 50 pontos de intersecção se localizaram em segmentos de drenagem de 1ª e 2ª ordem. Concluímos que as estradas ao alterarem a dinâmica hidrológica e morfométrica da bacia, tornaram-na mais susceptível às modificações na paisagem.

Referência(s)