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Percepções pessoais dos professores de anatomia acerca do ensino na pandemia da Covid-19

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n1-226

2595-6825

Luca Casale Guereschi, Maria Amália Garcia Da Silveira, Matheus Borte De Araújo, Isis Zuli Soares Gonçalves, Luciana Bertocco Betti, Geraldo José Medeiros Fernandes, Daniel Martinez Saez, Evelise Aline Soares,

Health Education and Validation

Introdução: O ensino de Anatomia, desde os primórdios, foi fundamentalmente presencial. Isso só foi modificado com o estabelecimento da pandemia de Covid-19, a qual foi responsável, no Brasil, pela suspensão das aulas presenciais. Essa situação de mudança súbita foi acompanhada da necessidade de adaptação dos professores de Anatomia e a presença de diversas emoções e sentimentos. Métodos: Realizou-se um levantamento de dados para avaliação do perfil geral e das estratégias de ensino, sentimentos e percepções pessoais dos docentes de Anatomia durante o período de pandemia. Para tal, foi utilizado um questionário virtual com questões de múltipla escolha e discursivas ofertado a professores de Anatomia do Ensino Superior das redes pública e privada. Resultados: Dos participantes da pesquisa, 88,35% deles acreditam que o ensino remoto apresenta maiores desafios que o presencial. Os sentimentos mais relatados por eles em relação ao ensino remoto de Anatomia foram incerteza, ansiedade, dedicação e sobrecarga. Em relação a continuidade de utilização de recursos remotos para ministrar as aulas de Anatomia após a pandemia, 59 professores foram favoráveis, mas apenas com apoio pedagógico, enquanto outros 32 afirmaram que os utilizam como recurso híbrido quando possível. Em ambos os cenários houve a predominância de professores com sentimentos negativos. Conclusão: O ensino de Anatomia durante a pandemia enfrentou vários desafios, resultando em pontos positivos e negativos para professores e alunos. Contudo, devido à adaptabilidade demonstrada pelos professores, esse cenário favoreceu com que abordagens alternativas mais eficazes fossem desenvolvidas, as quais podem ser utilizadas após a superação da pandemia.