Artigo Acesso aberto

Prevalência do uso de tabaco e sua relação com a autopercepção de depressão: uma análise de dados secundários

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n1-142

ISSN

2595-6825

Autores

Nara Maria Mendonça de Melo, Natália Tomé Pires, Nicoli Pereira De Matos, Rafaela da Silva Rosa, Iara Guimarães Rodrigues,

Tópico(s)

Youth, Drugs, and Violence

Resumo

Considerando as consequências intrínsecas dos sintomas depressivos ao bem-estar e a relação de possível causalidade e agravamento entre depressão e uso de tabaco, o objetivo geral do presente estudo foi verificar as características pessoais e de saúde dos tabagistas, analisando a prevalência global do uso de produtos derivados do tabaco e sua correlação com as alterações de humor, especificamente, com a autopercepção de depressão por meio de dados secundários. Para tal, foi realizado um estudo transversal, quantitativo e descritivo durante o mês de Agosto e Setembro de 2023, com dados secundários disponíveis no DATASUS. Para análise dos dados utilizou-se de um tratamento descritivo e inferencial das variáveis, compreendendo um nível de significância de p<0,05. Em 2013, cerca de 14,7% da população brasileira eram fumantes, com uma prevalência maior naqueles de 18 a 59 anos (14,3%) e no sexo masculino (18,87%). Quanto aos problemas de depressão, 21,48% dos brasileiros se auto declararam com sintomas depressivos, com prevalência naqueles com 60 anos ou mais (23,5%) e nas mulheres (27,74%). Tanto o uso de tabaco quanto a autopercepção de problemas de depressão foram inversamente proporcionais ao nível de escolaridade. Não houve significância estatística na correlação do perfil sociodemográfico com o tabagismo ou com a depressão. Apesar da literatura apresentar uma relação de influência mútua entre o uso do tabaco e os sintomas depressivos, não foi possível correlacionar diretamente ambas condições clínicas devido a precariedade dos dados disponíveis. Ainda assim, evidencia-se a necessidade de políticas públicas mais efetivas e atuais, pois trata-se de um problema relevante. Ademais, sugere-se uma maior eficácia no processo de notificação, disponibilização e atualização dos dados provenientes do DATASUS para um melhor direcionamento de estudos futuros.

Referência(s)