Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Prevalência de câncer de pele nos ambulatórios de cirurgia ambulatorial do ceasc-unifenas

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n1-110

ISSN

2595-6825

Autores

Ana Luísa Pereira Fonseca Silva, Arthur Silveira Freitas de Paula Ferreira, Bárbara Rodrigues de Sousa Stahl, Edmundo Nunes dos Santos Araújo, Fernanda de Freitas Medeiros De Souza, Wagner Espeschit,

Tópico(s)

Women's cancer prevention and management

Resumo

Introdução: O diagnóstico precoce do câncer de pele no Brasil é um impasse devido as dificuldades de acesso a saúde pública. A doença possui incidência de 3 a 7% no mundo. No Brasil, corresponde a 30% dos diagnósticos de neoplasias malignas. A atenção secundária do Serviço Único de Saúde é referência no atendimento à população da região norte de Belo Horizonte, assistindo e direcionando casos suspeitos da doença para diagnóstico e tratamento pela cirurgia ambulatorial quando necessário. Objetivo: Elucidar a epidemiologia do câncer de pele nos pacientes atendidos no ambulatório de cirurgia ambulatorial, seus fatores de risco e características. Método: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, onde obtiveram-se dados existentes nos prontuários de pacientes atendidos no ambulatório de cirurgia ambulatorial, do período de junho e julho de 2020. Resultados: Foram analisados 453 prontuários dos pacientes atendidos no período. Destes, foram identificados 34 com o diagnóstico definitivo de câncer de pele e separados para a extração de dados. A prevalência da doença foi de 7,5%. Dos 34 casos confirmados, 64,7% foram de carcinoma basocelular (CBC), 29,5% de carcinoma espinocelular (CEC) e 5,8% de carcinoma basoescamoso (CBE). A amostra constituiu-se de 20 mulheres e 14 homens, na qual a exposição solar excessiva foi alegada por 79,5% dos pacientes. Além disso, 53% eram tabagistas, 56% possuíam hipertensão arterial e 73,5% diabetes mellitus tipo 2, como outros fatores de risco. Os sintomas informados prevalentes foram sangramento da lesão em 21% dos pacientes e prurido em 26%. O tempo da percepção do surgimento das lesões até o diagnóstico definitivo foi uma média de aproximadamente 2 anos. O tratamento instituído em todos os casos foi excisão das lesões, sendo que em 20,5% dos casos foi necessário reabordagem cirúrgica para ampliação de margens. Conclusão: Os resultados obtidos demonstraram que a prevalência da doença na amostra estudada foi próxima ao valor superior da prevalência mundial. Além disso, o grande tempo até o diagnóstico definitivo ainda é um problema. São necessárias políticas mais competentes que veiculem os fatores de risco e prevenção da doença, uma vez que a compreensão do perfil de adoecimento extrapola a dimensão biológica, alcançando a dimensão social de vulnerabilidade, que, juntos a outros mecanismos sociais, formam a base da desigualdade no acesso à saúde.

Referência(s)