
EU SOU uma Mulher Negra com Raiva:
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português
10.34019/2318-101x.2022.v17.39871
ISSN2318-101X
AutoresRachel Griffin, Carlos Francisco Pérez Reyna, Silvio Matheus Alves Santos,
Tópico(s)Theatre and Performance Studies
ResumoEste artigo une o pensamento feminista negro (Collins, 2009) e a autoetnografi a para defender a autoetnografi a feminista negra (AFN) como um meio teórico e metodológico para as acadêmicas negras narraremcriticamente o orgulho e a dor da feminilidade negra. Enraizada em meu desejo de “erguer a voz” [“TalkBack” (hooks, 1989)] à opressão sistêmica como uma mulher negra birracial (preta e branca), eu posicionoa raiva como uma força produtiva que alimenta a voz através do AFN como um ato de resistência. Neste artigo, a AFN é usada para explorar autorrefl exivamente minhas experiências cotidianas como uma ‘‘outsiderde dentro’’ [“Outsider Within” (Collins, 1986)] e problematizar a onipresença do racismo e do sexismo (nomínimo) na vida cotidiana das mulheres negras. Situando a minha raiva como justa e justifi cável, localizo aminha voz diretamente em resposta às imagens de controle, tais como a safi ra raivosa4 que denota as mulheres negras como raivosas, como indisciplinadas, ao mesmo tempo que enfatizo a necessidade de “políticassexuais negras progressistas” que testemunham a raiva produtiva das mulheres negras.Palavras-chave: Raiva; Autoetnografi a; Identidade Birracial; Pensamento Feminista Negro; Resistência eVoz.
Referência(s)