Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DOS BOMBEIROS MILITARES DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARANÁ (CBMPR): UM RECORTE NO PERÍODO DE 2017 A 2022

2024; Faculdade Novo Milênio; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português

10.54751/revistafoco.v17n3-101

ISSN

1981-223X

Autores

Oliveira Orlandi, Guilherme Augusto Picolotto,

Tópico(s)

Healthcare Regulation

Resumo

Objetivo: Este trabalho buscou examinar os requisitos mínimos para aptidão cardiorrespiratória exigidos pelos Corpos de Bombeiros Militares no Brasil (CBMs) para aprovação no teste de corrida do teste de aptidão física, o desempenho cardiorrespiratório de bombeiros militares (BMs) do Paraná no período de 2017 a 2022 e a sua relação com o desempenho cardiorrespiratório dos bombeiros durante uma tarefa ocupacional. Ademais, objetivou estabelecer uma equação preditora para estimar indiretamente o consumo máximo de oxigênio (VO2max) durante atividades vigorosas de salvamento em incêndios estruturais, com base na distância percorrida em testes de corrida de 12 minutos (T12min). Método: A pesquisa realizada teve caráter descritivo, transversal e comparativo (de dados temporais), com amostragem não-probabilística. Foram utilizados os dados de desempenho no T12min dos testes de aptidão física (TAF) de militares estaduais do Paraná entre 2017 e 2022, para estimar, indiretamente, o VO2 max. Com equacionamento matemático, por meio de funções e derivadas foi estabelecida uma rotina para ponderação do VO2max durante atividades de salvamento em incêndios estruturais. Resultados: Descobriu-se nos dados de 2.029 testes de BMs do Paraná o VO2max = 41,6 ± 6,8 ml.kg-1.min-1. A equação preditora do VO2max [G (K) = (1,08 * K) – 3,69] (F = 18,8; R2 = 55,6%; p < 0,001) mostrou-se robusta, para estimar o VO2max durante atividades de salvamento em incêndios estruturais, tendo como variável independente a distância em metros percorrida no T12min. Cerca de 52% dos BMs paranaenses atendem às recomendações mínimas de VO2max > 42 ml.kg-1.min-1, em uma análise por faixa etária revelou que, em geral, a aptidão cadiorrespiratória (ACR) é regular ou boa para esta amostra. Observou-se que nos CBMs não existe padronização nos índices mínimos exigidos para aprovação no TAF. No Paraná, a exigência está acima da média nacional para todas as faixas etárias, com exceção a acima dos 46 anos. Conclusão: Os resultados obtidos destacam a importância da capacidade de percorrer maiores distâncias no T12min e a forte correlação entre o desempenho das atividades vigorosas desenvolvidas por bombeiros. Contudo, cerca de 44,4% da capacidade aeróbia dos bombeiros é influenciada por outros fatores não experimentados no T12min, sendo imperioso incorporar elementos de treinamento de força e resistido para uma preparação completa e eficaz.

Referência(s)
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