Eventos toxicológicos em filhos e familiares de mulheres com histórico de uso de álcool e outras drogas: análise das dimensões de vulnerabilidade
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.3-243
ISSN1988-7833
AutoresMárcia Regina Jupi Guedes, Mágda Lúcia Félix de Oliveira, Marcela Demitto Furtado, Maria de Fátima Garcia Lopes Merino, Ieda Harumi Higarashi,
Tópico(s)Prenatal Substance Exposure Effects
ResumoOs problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas é uma realidade na sociedade atual e revela a existência de diferentes fatores relacionados, como a condição de vulnerabilidade como importante elemento contribuinte para o uso abusivo. OBJETIVO: Verificar as condições que potencializam as dimensões de vulnerabilidade individual, social e programática na interface com as intoxicações medicamentosas infantis e de familiares nos domicílios de mulheres usuárias de álcool e outras drogas. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, de caráter descritivo e corte transversal, construído aos moldes do referencial metodológico de triangulação de fontes e com utilização da base conceitual da vulnerabilidade nos planos analíticos individual, social e programática. Com 13 participantes, conforme o critério de seleção: informaram uso de álcool e outras drogas em qualquer período da vida, e independente da época e do grau de parentesco, ocorrências toxicológicas na família. Como fontes de dados foi utilizado instrumento de coleta de dados com questões semiestruturadas e as informações dos prontuários dos serviços de saúde. RESULTADOS: Planos Analíticos de Vulnerabilidade Social, as configurações familiares das participantes foram seis famílias nucleares, cinco monoparentais e duas extensas. Uso de álcool e drogas de abuso em familiares informado por três participantes. Conflito nas relações familiares. Informado ocorrências toxicológicas acidentais e intencionais com familiares. Planos Analíticos de Vulnerabilidade Programática, relação de convivência prejudicada com pouca utilização dos serviços das UBS e poucas visitas domiciliares pelos ACS e ESF. CONCLUSÃO: Considera-se que a drogadição das participantes não foi o começo do processo de vulnerabilidade, mas um elo do comportamento aditivo da família, perpetuando a condição de vulnerabilidade que deixa todos suscetíveis aos acidentes toxicológicos. A atuação dos profissionais de saúde deve ser pautada na redução de danos, minimizando problemas de saúde principalmente relacionados ao uso de drogas. Tais cenários representam uma sobreposição de vulnerabilidades a serem consideradas, ao se planejar medidas de intervenção e suporte a famílias em situação de vulnerabilidade de mulheres com histórico de uso de drogas.
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