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Aplicação da abordagem sistêmica comunitária no ensino de ciências: relato de práticas e reflexões teórico-metodológicas

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n3-159

1983-0882

José Gleison Gomes Capistrano, Solonildo Almeida da Silva, Sandro César Silveira Jucá,

Science and Science Education

A Abordagem Sistêmica Comunitária pode contribuir para o ensino de Ciências no contexto pós-pandêmico de Covi-19 como uma tecnologia socioterapêutica multidisciplinar e de variado impacto na escola. Criada pelo Movimento Saúde Mental, esta tecnologia pode ser harmonizada com o ensino das escolas de tempo regular e com as diretrizes das Escolas de Tempo Integral nas práticas docentes do ensino de Ciências com foco na saúde mental, por meio de seu arcabouço teórico-prático e de suas ações exitosas e com reconhecimento social nacional e internacional. A tecnologia socioterapêutica do Movimento Saúde Mental está organizada sobre três princípios e alguns valores norteadores, que são a autopoiese, que pode ser entendida como a promoção do protagonismo, a trofolaxe humana, que é a comunicação intrapessoal/interpessoal/transpessoal e a tendência natural para o autoaperfeiçoamento, fenômeno que pode ser entendido como a emergência sintrópica, onde as soluções podem emergir de forma harmônica dentro do próprio grupo ou comunidade. Realizou-se um levantamento de informações de caráter bibliográfico e documental sobre as temáticas relacionadas que pudessem fazer uma associação teórica entre o uso da Abordagem Sistêmica Comunitária, o Ensino de Ciências em escolas regulares e em Escolas de Tempo Integral, juntamente com práticas de relato de experiência e reflexões teórico-metodológicas do doutorando desenvolvedor da pesquisa como forma de buscar relações entre a prática vivencial no Movimento Saúde Mental e sua aplicação em sala de aula como professor de Ciências. A experiência aqui relatada promove reflexões práticas e teórico-metodológicas para o avanço nos processos de ensino-aprendizagem nas práticas docentes para o ensino de Ciências com foco na saúde mental. A aplicação da Abordagem Sistêmica Comunitária como proposta de uma tecnologia social aplicada à educação e ao ensino, especialmente ao ensino de Ciências em escolas de tempo regular e em Escolas de Tempo Integral, como uma metodologia ativa com foco na saúde mental, é uma realidade totalmente possível. Há uma complementação teórico-prática entre estas realidades conceituais do Movimento Saúde mental e a prática no chão de sala de aula docente.