Artigo Acesso aberto

Questionando rótulos: o perigo da psicopatologização e da medicalização da vida

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.3-292

ISSN

1988-7833

Autores

Carlos Henrique Barbosa Rozeira, Marcos Fernandes da Silva, Virna Lisi Mozer Silva Pereira, Monique Goulart Domingues, Stefano Xavier Soares, João Victor Dias Branco de Souza, Lilian Almerinda Moraes Brandão, Isabela Bezz dos Santos Gentil, Shirlei de Oliveira Soares Araújo, Maria de Lourdes Ferreira Medeiros de Matos, Alcemar Antonio Lopes de Matos, Silvia da Silva Pontes Raimundo, Rayane Martins Vasconcelos, Beatriz Cavalcanti Trindade Marins, Vanessa de Oliveira Ferreira Borges de Souza,

Tópico(s)

Psychological Treatments and Disorders

Resumo

As verdades construídas na modernidade, assim como a confiança na razão e na capacidade da ciência para fornecer respostas, especialmente na medicina e na psicologia no contexto da saúde mental, estão sendo questionadas diante da crescente psicopatologização com o aumento desenfreado de diagnósticos, sem fundamentação sólida. Diante desse cenário, é imperativo reconhecer que as necessidades humanas, influenciadas pelas constantes mudanças sociais, demandam a desconstrução de representações até então consideradas naturais ou referenciais, possibilitando a busca por novas simbologias e ideais. A partir dessas premissas este estudo explora a evolução histórica das interpretações de comportamentos controversos, desde “castigos divinos” até explicações científicas contemporâneas, destacando a transição do controle religioso para o científico na definição de normalidade ou patologia, influenciando normas sociais e éticas. Os objetivos incluem analisar a tendência contemporânea de patologização, explorar o impacto das transformações socioculturais no desenvolvimento humano, investigar a influência da medicalização em diagnósticos e refletir sobre a relação entre diagnósticos rápidos e a sociedade. O estudo propõe uma reflexão crítica sobre práticas atuais de diagnóstico e tratamento, visando uma sociedade sensível às diferenças individuais, valorizando a diversidade como parte essencial da experiência humana, e contribuindo para práticas mais personalizadas e sensíveis em saúde mental e educação.

Referência(s)