Fatores associados ao uso de psicotrópicos em pessoas privadas de liberdade: uma revisão integrativa
2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv21n3-171
ISSN1983-0882
AutoresAnne Milane Formiga Bezerra, Letícia Rodrigues Fontes, Belmon Joaquim de Souza, Emmanuella Costa de Azevedo Mello, Socorro Alana Ramalho Rocha, Fernanda da Silva Vasconcelos, Aline Pacheco Eugênio, Fernanda de Barros Patrício, Wanderson Pereira Santos,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoA condição de privação de liberdade é uma problemática da sociedade atual e pensar não só no aspecto punitivo, mas também de ressocialização é fundamental. Desse modo, o abuso de substâncias na população carcerária é triste realidade, que vai na via contrária dessa ressocialização, sendo imprescindível a análise de quais fatores influenciam essa problemática. Caracterizar os fatores associados à utilização de psicotrópicos por pessoas privadas de liberdade. Trata-se de uma revisão integrativa que teve suas buscas na biblioteca virtual de saúde, integrada pelas bases de dados: ELSILVER, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e GOOGLE ACADÊMICO, após a inserção dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 15 artigos para compor a amostra das produções científicas. Foram encontrados tanto fatores de risco anteriores ao encarceramento, quanto fatores inerentes à própria reclusão para uma maior propensão ao abuso de substâncias. A desigualdade social, um grande problema dentro das sociedades capitalistas e cosmopolitas atuais, alimenta substancialmente a problemática da criminalidade e pode explicar porque o recluso de nível socioeconômico mais baixo, ter baixa escolaridade e estudar apenas na prisão são mais presentes dentro dos centros prisionais. Além disso, como essa mesma desigualdade social também está atrelada ao problema do abuso de substâncias, as grandes taxas mais altas do uso de substâncias psicoativas dentro das penitenciárias ilustra o fenômeno da concentração de usuários de substâncias ilícitas na prisão Dessa forma, evidenciou-se a necessidade de maior investimento tanto da estrutura física das unidades penitenciárias quanto em qualificação profissional para a prestação de assistência específica para a população privada de liberdade, considerando as suas especificidades.
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