Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Casos de meningite em Uberaba de 2007 a 2021: análise epidemiológica e proposta de intervenção.

2024; Anderson Bruno Anacleto de Andrade; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.18378/rebes.v14i1.9999

ISSN

2358-2391

Autores

Lucas Borges, Rafael Assis Samora, Letícia Martins Okada, Stefan Vilges de Oliveira,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

Introdução: A meningite é uma inflamação grave que pode gerar várias complicações, podendo levar, até mesmo, ao óbito. Por isso, o presente estudo teve com motivação a análise da situação epidemiológica da doença no município de Uberaba, no período de 2007 a 2021, e a identificação de fatores que contribuem para o aumento da taxa de letalidade, traçando, dessa forma, um projeto de intervenção com medidas estratégicas que melhorem a sobrevida do paciente acometido. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo e quantitativo baseado nos casos de meningite em Uberaba, Minas Gerais, no período de 2007 a 2021. Para isso foi utilizado dados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A proposta de intervenção foi subsidiada por uma revisão sistemática da literatura nas bases de Google Scholar, Scopus, Pubmed, BVS e Scielo. Resultados: Foram notificados um total de 930 casos de meningite em Uberaba entre os anos de 2007 e 2021 o qual teve uma frequência de meningite asséptica (41,1%), responsável por 53,7% dos óbitos, seguida de meningite por outra etiologia ou não especificada (39,2%). Predominou o grupo masculino (60,54%), branco (47,63%) e faixa etária infantil do 1 aos 9 anos (25,81%) e adulta dos 20 aos 59 anos (44,09%). A revisão sistemática da literatura evidenciou medidas de intervenção direcionadas ao diagnóstico precoce da meningite. Discussão: A elevada taxa de letalidade, sobretudo por meningite asséptica, pode ser associada ao diagnóstico errôneo e tardio, o que implica em um tratamento retardatário e ineficaz. Além disso, a falta de instrumentos de diagnósticos praticamente instantâneos, como a Reação em Cadeia da Polimerase, ocasiona atrasos na terapia do paciente acometido. Tais achados presentes no estudo lançam mão de uma maior capacitação dos profissionais e do emprego de técnicas moleculares diagnósticas mais avançadas para diagnóstico oportuno.

Referência(s)