Artigo Acesso aberto

Perspectivas atuais sobre o uso de psilocibina no manejo da depressão resistente: revisão sistemática

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n2-178

ISSN

2595-6825

Autores

Celina Rodrigues Maia Santos, João Gabriel de Almeida Sousa, Eva Maria Oliveira Cutrim Dantas, Luís Felipe Sousa Figueiredo, Arianna Silva de Alencar, Rafaella Moreira Silva, Salomão Fernandes Arraes Leite, Dayane de Oliveira Martins Bringel, Nívea Prazeres Pinheiro, Rômulo Almeida Ribeiro, Rafael Pereira Boucinhas, Mayara Maia Oliveira, Isadora Fontenelle Carneiro de Castro, Andreza Moraes Silva, Giovana Matos Pereira, Tiago Moreira Gonçalves, Lorena Vitória Moreira de Sousa, Agesilau Coelho de Carvalho, Ayla Victoria da Fonseca Vaz, Klesio Serrão Mendes Filho, Thaise Bastos Ribeiro, Luiza Castro Mendes, Ana Leticia Araruna de Sousa Amorais, Fabrício Ryan de Sousa Silva, Vitor de Sousa Araújo, Ektor Kayã Magalhães de Melo, JOANA SANDES, Jeiciane Araújo Moita Pereira, Gladston de Oliveira Reis, Erisângela Araújo Travassos de Almeida, Josianny Liérgine Vasconcelos Fernandes Freitas, Felipe Manoel Moreira Lima Matias da Paz, Ana Júlia Silva Correia, Arthur Fernando Lacerda Borba de Arruda, Marialice Wanderley Bezerra de Lima, Ludmyla Nogueira da Silva,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

A depressão resistente ao tratamento é um desafio global, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Nesse contexto, a psilocibina, um composto psicodélico presente em certos cogumelos, desperta interesse como possível intervenção terapêutica. Seu potencial para influenciar positivamente o humor e a cognição, através da ativação dos receptores de serotonina no cérebro, sugere uma nova abordagem no tratamento da depressão resistente. Este estudo busca analisar as perspectivas atuais sobre o uso da psilocibina nesse contexto, destacando a necessidade de mais pesquisas sobre seus efeitos e segurança para sua integração clínica. Este estudo, baseado em uma revisão sistemática da literatura científica, abrange o período de 2016 a 2024, utilizando as bases de dados PubMed (Medline), Cochrane Library e Scientific Electronic Library Online (SciELO). No primeiro estudo, os efeitos agudos da psilocibina foram detectáveis de 30 a 60 minutos após a administração, atingindo o pico em 2 a 3 horas e diminuindo após pelo menos 6 horas. A substância foi bem tolerada, com eventos adversos leves e transitórios. Houve uma redução significativa nos sintomas depressivos, ansiedade e anedonia após o tratamento com doses altas. O segundo estudo envolveu 233 participantes distribuídos em grupos de doses diferentes. Houve uma redução significativa nos sintomas depressivos após o tratamento, com doses mais altas apresentando uma diferença estatisticamente maior em comparação com a dose mais baixa e o grupo de controle. Eventos adversos, como dor de cabeça e náusea, foram comuns entre os participantes. O terceiro estudo abordou as perspectivas futuras para o tratamento com psilocibina para depressão resistente. Recomendações incluíram equilibrar o tempo dos pacientes e terapeutas, aumentar gradualmente a intensidade das sessões e integrar a terapia sustentada ao tratamento. O envolvimento de pacientes experientes e estudos naturalísticos adicionais foi destacado como importante para abordagens mais personalizadas. Em resumo, a psilocibina mostra potencial como tratamento para a depressão resistente, com redução significativa dos sintomas depressivos e boa tolerabilidade. No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar sua eficácia e segurança, destacando a importância de estudos adicionais e ensaios clínicos controlados.

Referência(s)