
Comparativo do manejo de pacientes com doença arterial obstrutiva periférica: bypass ou angioplastia
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n2-145
ISSN2595-6825
AutoresJúllia Beatriz Araujo Souza, Isabella Moreira Saraiva Rodrigues, João Victor Santos Melo, Karenn Santos Souza Cruz, Mariana Sattler Lima Medina, Mylenna Bomfim Souza, Rayssa Carolinne Costa Mota Estácio, Maria Bernadete Galrão de Almeida Figueiredo,
Tópico(s)Vascular Procedures and Complications
ResumoIntrodução: A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma doença que ocorre pelo estreitamento ou bloqueio das artérias dos membros inferiores (MMII). Os principais fatores de risco para DAOP são hipertensão, diabetes mellitus (DM), hiperlipidemia, doença renal crônica e tabagismo. Objetivo: Comparar o melhor desfecho entre o bypass e a angioplastia nos pacientes com doença arterial obstrutiva periférica. Metodologia: Estudo de metanálise comparando estudos randomizados: BASIL-1, BASIL-2 e BEST-CLI, como forma de realizar a comparação, de três ensaios clínicos, sobre as técnicas bypass cirúrgico e angioplastia. Revisão de literatura: Avaliou-se o desfecho a sobrevivência livre de amputação. No BASIL-1 dos 452 pacientes, em 02 anos, 82 pacientes (37%) foram submetidos a angioplastia, enquanto que 86 pacientes (38%) realizaram bypass. No BASIL-2 avaliou-se 345 pacientes, 172 (50%) pacientes realizaram bypass venoso e 173 (50%) a angioplastia, destes 53% tiveram como desfecho primário ausência de sobrevivência livre de amputação, enquanto que o bypass apresentou 63%. No BEST-CLI houve a participação de 1830 pacientes em dois ensaios de coorte paralelos, evidenciado pelo coorte 1, 57,4% dos pacientes que realizaram angioplastia tiveram ausência de sobrevivência livre de amputação, enquanto que o bypass apresentou somente 42,6% para o mesmo desfecho. O coorte 2 não apresentou correlação estatística significativa. Discussão: No BASIL-1, entre 6 meses e 02 anos, as duas técnicas não diferiram na sobrevida livre de amputação. Já no estudo BASIL-2 avaliou-se a ausência de sobrevivência livre de amputação e mostrou que a técnica por bypass levou a um risco aumentado de 35% de amputação grave ou morte. No estudo BEST-CLI, o bypass apresentou uma taxa de morte ou amputação 32% menor em comparação com a angioplastia. Conclusão: Os estudos apresentaram resultados divergentes, não podendo concluir uma técnica estatisticamente superior no tratamento cirúrgico de DAOP.
Referência(s)