Nem megera, nem boazinha: a voz desafiadora da “mulher rebelde” no drama shakespeariano
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Issue: 67 Linguagem: Português
10.5902/2176148575156
ISSN2176-1485
AutoresBárbara Novais de Lima, Fernanda Teixeira de Medeiros,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste artigo tem como objetivo analisar três personagens femininas do cânone shakespeariano – Katherina, da comédia A megera domada (c. 1592-4); Paulina, do romance O conto do inverno (1611), e Lady Macbeth, da tragédia Macbeth (1605-6) – à luz do conceito de “mulher rebelde” (UNDERDOWN, 1985). Partindo do uso feito por William Shakespeare do arquétipo cômico da megera (shrew), bem como da personagem histórica da barraqueira (scold), e considerando a justaposição nem sempre exata feita pela crítica literária dessas duas figuras, sugerimos que Shakespeare cria combinações variadas entre shrews e scolds, ultrapassando, como de hábito, as fronteiras entre comédia e tragédia, esfera pública e vida privada.
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