
GÊNERO E AFETIVIDADES POLÍTICAS: A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS FILEIRAS DA AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA SOB A CONDIÇÃO DE “MULHER DE BEM”
2024; Volume: 16; Issue: 4 Linguagem: Português
10.18224/mos.v16i4.13533
ISSN1983-7801
AutoresLuana Dias dos Santos, Mona Mares Lopes da Costa Bento,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoOs estudos sobre os fascismos vêm reconhecendo que a existências de movimentos de cunho ultranacionalistas populares não existiu apenas em regiões como Alemanha (Nazismo) e Itália (Fascismo), mas em diversos lugares ao redor do mundo, inclusive no Brasil. O movimento integralista, denominado por Ação Integralista Brasileira (AIB), surgiu em 1932, sob liderança de Plínio Salgado, e teve expressões fascistas na sua forma de organização ideológica e política. Como os fascismos são originalmente baseados nas diversidades e particularidades da região em que se constitui, no caso brasileiro isso se mostrou perceptível na forma como introduziu a participação das mulheres na fileira do movimento, não mais como figurantes e espectadoras – como foi possível observar em outros movimentos fascistas –, mas como militantes de rua. Dessa forma, esse trabalho buscou debater as formas de participação das mulheres em um movimento fascista, a partir das categorias analíticas de gênero e das afetividades políticas, categorias estas, que possibilitam um diferente olhar para o contexto social e político dos anos 1930. Para tal análise, utilizamos o jornal A Offensiva (1936) e escritos de Plínio Salgado, além de uma análise bibliográfica sobre a participação de mulheres em diferentes movimentos fascistas.
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