
MATERNAGEM E RUPTURA: SENTIDOS EMANCIPATÓRIOS DE MATERNIDADE A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE AMAMENTAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
2024; Volume: 16; Issue: 4 Linguagem: Português
10.18224/mos.v16i4.13535
ISSN1983-7801
Autores Tópico(s)Breastfeeding Practices and Influences
ResumoRelacionando alguns significados em torno da construção social e histórica da “mulher”, bem como da “maternidade” enquanto instituição (Rich, 1986), agrego perspectivas antropológicas de diversos contextos de maternidade para o debate em torno das práticas de maternagem no Brasil contemporâneo. Após traçar um quadro teórico e etnográfico apontando para moralidades em torno da conceitualização de tais categorias, articulo dados de pesquisa etnográfica realizada entre 2019-2022 analisando, online, discursos e imagens de perfis no Instagram de 11 mulheres ativistas pela amamentação – à semelhança do movimento social lactivismo na Espanha, conforme Massó Guijarro (2015). Argumento que tais mulheres experienciam, a partir da maternidade e, especificamente, da amamentação, o que considero uma ruptura (Miller, 2005) potencialmente transformadora de suas trajetórias, percepções políticas e entendimentos de si. Tais ativistas, através de seus discursos e relações online, atribuem sentidos potencialmente emancipatórios comuns a experiências individuais, questionando prescrições e moralidades impostas às mulheres de forma ampla e arraigada, bem como evidenciando contradições e ambiguidades na maternidade e na maternagem.
Referência(s)