
ENTRE A UTOPIA E A DISTOPIA: AMBIENTE E CONTROLE DO PROCESSO REPRODUTIVO
2024; Volume: 16; Issue: 4 Linguagem: Português
10.18224/mos.v16i4.13539
ISSN1983-7801
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoNeste artigo proponho uma reflexão acerca das possibilidades distópicas do controle do processo reprodutivo e da opressão das mulheres a partir de seus corpos e de sua capacidade de gerar, a partir da obra O Conto de Aia, da escritora canadense Margaret Atwood. Utilizo como ferramenta teórico-metodológica a análise do discurso e uso para efeito comparativo a utopia de transformação social a partir do nascimento defendida pelo médico francês Michel Odent. No desenvolvimento do texto, abordo as temáticas que se cruzam nas duas obras relacionadas à realização do parto da forma mais natural possível e os efeitos da degradação do meio ambiente. Abordo também a projeção de Atwood de uma sociedade eugênica, opressora e totalitária branca, a exclusão de pessoas negras da obra e a utilização de acontecimentos reais da violência contra as mulheres negras escravizadas nos Estados Unidos, não devidamente referenciadas.
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