Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Tórus mandibular como enxerto ósseo autógeno para instalação de implantes osseointegrados: uma revisão sistemática

2024; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n4p1558-1570

ISSN

2674-8169

Autores

LARA CRISTINA CIPRIANO DE CARVALHO, MARIA EDUARDA BELCHIOR DE SOUSA, ISABELA ALENCAR DE SOUSA, RAYSSA DE SOUSA BRAZ, ANA KAROLINE DOS SANTOS SILVA, Ana Cristina Vasconcelos Fialho,

Tópico(s)

Electrospun Nanofibers in Biomedical Applications

Resumo

Introdução: A perda de elementos dentários leva a alterações alveolares por meio de um processo progressivo e crônico de reabsorção óssea, afetando a instalação de implantes osseointegrados e consequentemente seu sucesso funcional e estético, necessitando muitas vezes da realização de enxerto ósseo nessas áreas atróficas. A utilização de tórus mandibular como enxerto autógeno, apresenta excelente prognóstico devido às suas propriedades que são compatíveis com a área receptora, além de ter um menor tempo clínico e menor custo. Objetivo: Analisar a literatura sobre a utilização de enxerto ósseo derivado de tórus mandibular como fonte doadora para reconstrução de área atrófica visando a instalação de implantes osseointegrados. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática a fim de analisar a literatura sobre a utilização de enxerto ósseo derivado de tórus mandibular como fonte doadora para reconstrução de área atrófica, visando a instalação de implantes osseointegrados. Foram pesquisados artigos científicos sem restrições de idioma em três bases de dados eletrônicas: PubMed, Google Scholar e BVS, utilizando os descritores ‘‘Dental Implant’’, ‘‘Bone Graft’’, ‘‘Exostoses’’, ‘‘Alveolar Ridge Augmentation’’, pesquisados a partir do operador booleano “AND’’. Resultados: Um total de 13 artigos foram incluídos na análise final. Vinte e quatro pacientes foram submetidos a remoção do tórus mandibular e seu uso como enxerto autógeno para aumento do rebordo alveolar. Nenhum paciente apresentou complicação operatória ou rejeição imunológica. Vinte e dois pacientes foram acompanhados para confirmar a neoformação óssea, por meio de exames de imagem e análise histológica, havendo formação óssea de características histológicas e densidade semelhantes ao osso nativo. Por fim, um total de nove implantes foram instalados na região do enxerto ósseo, sem apresentarem falhas na osseointegração ou reabsorção óssea patológica. Conclusão: O uso do tórus mandibular como autoenxerto é viável para aumento do rebordo alveolar, sendo uma alternativa segura e eficaz. A neoformação e densidade óssea após a enxertia, apresentou características semelhantes ao osso nativo, contribuindo para futura reabilitação com implantes osseointegrados.

Referência(s)