Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Políticas de exploração no romance A bagaceira: o sistema-mundo do capitalismo e a modernidade colonial

2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 27; Issue: 52 Linguagem: Português

10.55702/3m.v27i52.46207

ISSN

2358-727X

Autores

Moisés Carlos de Amorim,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

A obra A bagaceira de José Américo de Almeida, publicada em 1928, tornou-se um marco na literatura brasileira, por levantar a problemática do engenho, bem como as relações de poder construídas neste ambiente rural, influenciando a geração de escritores nordestinos na década de 30. Esteticamente considerada neorrealista-naturalista, a obra reflete sobre a sociedade patriarcal nordestina, representada pelo senhor de engenho, que define o controle do trabalho, do sexo, da autoridade, da subjetividade, do gênero etc., no interior do sistema mundial do capitalismo moderno (MIGNOLO, 2003). A partir da crítica decolonial, embasada por Aníbal Quijano, Walter Mignolo entre outros, pretende-se analisar a política do sistema-mundo da modernidade configurada naquele contexto agrário, em que a massa de brejeiros e retirantes protagoniza o trabalho subserviente e escravista, para sobreviver em meio a miséria, a exploração e a pobreza.

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