CANTOS DE GONÇALVES DIAS E A FIXAÇÃO DE SUA MEMÓRIA DE POETA NACIONAL
2023; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ; Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português
10.18817/rlj.v7i3.3444
ISSN2527-1024
AutoresAndréa Camila de Faria Fernandes,
Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoO presente artigo busca problematizar algumas estratégias editoriais do poeta maranhense Antônio Gonçalves Dias, como mecanismos de criação de uma memória e uma identidade autoral que contribuíram para sua fixação no panteon literário brasileiro. Nesse objetivo, ganha importância particular para nós a edição de seus Cantos, livro originalmente publicado em 1857 e que reunia as três obras poéticas anteriormente publicadas por Gonçalves Dias – Primeiros Cantos (1846), Segundos Cantos (1848) e Últimos Cantos (1852) –, com o acréscimo de alguns poemas inéditos. O destaque específico dado a essa obra se deve ao fato de que a materialidade do reconhecimento de Gonçalves Dias como poeta nacional nela se manifesta, com a inclusão, como prólogo, do artigo consagrador que o letrado português Alexandre Herculano havia lhe dedicado. Além disso, os Cantos foram alvo de um dos primeiros casos de disputa pelo reconhecimento de direito autoral no Brasil.
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