
Variabilidade climática e circulação atmosférica anômala durante os extremos chuvosos em Curitiba - PR
2024; Associação Brasileira de Climatologa; Volume: 34; Linguagem: Português
10.55761/abclima.v34i20.17190
ISSN2237-8642
AutoresCamila Bertoletti Carpenedo, André Luiz de Souza Bonfim, Leila Limberger,
Tópico(s)Plant Water Relations and Carbon Dynamics
ResumoEstudos mostram uma tendência de aumento nos extremos chuvosos na Região Sul, a qual se destaca na ocorrência de desastres naturais hidrometeorológicos no Brasil. Assim, este estudo tem como objetivo investigar a variabilidade climática e os padrões de circulação atmosférica associados aos extremos chuvosos em Curitiba - PR no verão (1980-2021), visto que este é o município mais populoso da Região Sul. Foram utilizados dados observados/estimados e índices de diferentes fontes (SPEI Global Drought Monitor, ERA5, NOAA, CEDEC). Através da técnica de composições, os resultados mostram que nos extremos chuvosos em dezembro predomina resfriamento no Pacífico equatorial, favorecendo a fase positiva do Dipolo Subtropical do Atlântico Sul (SASDI) e negativa do Dipolo do Oceano Índico. Também há predomínio de fase negativa da Oscilação do Ártico (AO) e da Oscilação do Atlântico Norte. Em janeiro há um padrão de enfraquecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) oceânica, associado ao padrão de intensificação do jato de baixos níveis da América do Sul (JBNAS), e predomínio de fase negativa da AO. Em fevereiro predomina ZCAS enfraquecidas, associadas ao padrão de intensificação do JBNAS e do ramo sudoeste da Alta Subtropical do Atlântico Sul, a qual bloqueia e estaciona os sistemas sinóticos na costa Sul, contribuindo para o aporte umidade. Há predomínio de La Niña-Pacífico Central, favorecendo a fase positiva do SASDI. O monitoramento dos índices climáticos e dos padrões de circulação atmosférica pode auxiliar na previsão de extremos chuvosos em Curitiba e na prevenção dos impactos associados aos desastres naturais hidrológicos.
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