Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Desenvolvimento e fabricação de dispositivos microfluídicos em PEEK e silício e vidro para a modificação genética de células por hidroporação

2023; Volume: 8; Issue: 23 Linguagem: Português

10.29327/2152495.8.23-1

ISSN

2526-5830

Autores

Kelly Farah Torres Vaver, Henrique Reis Wisinewski, Henrique da Costa Oliveira, Natália Neto Pereira Cerize, Beatriz Nogueira Messias de Miranda,

Tópico(s)

Modular Robots and Swarm Intelligence

Resumo

A inserção de materiais genéticos exógenos em células, como plasmídeos, DNAs ou RNAs, é um procedimento comum e crítico para aplicações biotecnológicas, como modificação de linhagens produtoras utilizadas em bioprocessos, inserção de genes de interesse e o desenvolvimento de terapias gênicas. A internalização dessas moléculas para modificação genética é possível através de metodologias que permitem transpor a membrana da célula, que tradicionalmente envolvem o uso de carreadores virais, plasmídeos, eletroporação, ou métodos bioquímicos. São metodologias que, embo­ra bem estabelecidas, podem apresentar limitações como altos custos de execução, toxicidade e baixa escalabilidade, podendo limitar ou impossibilitar a utilização des­sas células em aplicações biomédicas. Dispositivos microfluídicos têm sido utilizados como alternativas interessantes aos métodos tradicionais de modificação genética, por oferecerem maior precisão de manipulação, utilização de menores quantidades de reagentes e amostras com alta resolução. Para internalização celular, possibilitam uma menor manipulação das amostras, diminuindo taxas de contaminação e otimizando o processo. Neste trabalho foram desenvolvidos dispositivos microfluídicos para serem utilizados como ferramentas para modificação genética em linhagens celulares. Os dispositivos foram fabricados em silício e vidro por fotolitografia com corrosão úmida utilizando KOH, e em PEEK pela técnica de microusinagem. Os dispositivos foram avaliados quanto a sua estanqueidade e pressões suportadas. Os resultados obtidos mostraram que ambos os dispositivos operam sem vazamentos e quebras em pressões de até 8 bar, e os dispositivos em PEEK suportam pressões de até 20 bar. Os dispositivos microfluídicos foram fabricados de maneira satisfatória, e apresentam potencial para serem utilizados futuramente em aplicações biotecnológicas e biomédicas.

Referência(s)