
Protagonismo feminino no cristianismo antigo: as experiências de Perpétua de Cartago (203 d.C.)
2023; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO; Volume: 21; Issue: 21 Linguagem: Português
10.29327/2345891.21.21-12
ISSN2318-9304
Autores Tópico(s)Biblical Studies and Interpretation
ResumoNesse artigo, nos propomos, com base nas Atas de Perpétua e Felicidade (203 d.C.) – um relato de uma mulher recém-convertida ao cristianismo – a analisar como as mulheres cristãs na sociedade romana, e na Cartago do século III em particular, não eram propriamente invisíveis, e sim invisibilizadas. Isso era feito por meio de um trabalho constante de disciplina e enquadramento, que partia tanto de intelectuais quanto de autoridades civis e religiosas. Porém, obscurecer histórias de mulheres envolvendo o martírio e a sua atuação efetiva no seio das comunidades nem sempre funcionava. Atestam-no o relato de Perpétua, além de uma infinidade de outros textos cristãos, ditos apócrifos. Estas fontes, na realidade, representam um marco do cristianismo nascente, o qual, em muitas de suas vertentes, e em maior ou menor grau, fez as mulheres saírem da penumbra para assumirem novas identidades.
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