Produção Nacional
Revisado por pares
Representações Femininas no Futebol: Vestígios de uma Memória Patriarcal?
2024; Faculdade Santo Agostinho; Volume: 21; Issue: 4 Linguagem: Inglês
10.12819/2024.21.4.4
ISSN2317-2983
AutoresTamara de Souza Campos, Daniel Barbosa dos Santos Lima,
Tópico(s)Sport and Mega-Event Impacts
ResumoCom a presença maior de mulheres comentaristas, jornalistas e narradoras de esportes, a cobertura do futebol feminino parece gozar de certa visibilidade. Para compreender melhor a cobertura realizada sobre o futebol feminino e se há vestígios de uma lógica patriarcal, determinamos o Globo Esporte como corpus de análise, mais especificamente as notícias publicadas no primeiro trimestre de 2022. O artigo apresenta um estudo de caso, com metodologia qualitativa, tendo como base a análise documental e a Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin. Das 10.075 notícias publicadas no período sobre futebol, a modalidade masculina figurou em 9634, contra 441 da modalidade feminina, o que demonstra a baixa visibilidade, de apenas 4% em comparação ao futebol feminino. Das 11 categorias criadas a partir da análise de conteúdo temática, escolhemos analisar, neste trabalho, a categoria sete, "Aspectos financeiros, salários, premiação, contratação e equipe técnica", por reconhecer que a questão da subordinação financeira das mulheres é elemento crucial para o patriarcado, o que ajudaria a compreender se ainda há vestígios do ideário patriarcal na cobertura do GE. Concluímos que houve um aumento expressivo da cobertura em março, o que sinaliza que a mulher precisa da efeméride para ser pauta, embora o site procure combater a lógica patriarcal, ainda reforça assimetrias, seja em notícias que dedicam poucas linhas à modalidade feminina, em matérias que abordam ambas as modalidades, mas que colocam apenas fotos dos homens, seja designando a modalidade feminina ao subtítulo como também ao não produzir reportagens sobre desigualdade de gênero. Palavras-chave : Futebol; Mulher. Globo Esporte. Patriarcado. Memória ABSTRACT With the increasing presence of female commentators, journalists and sports narrators, coverage of women's football seems to enjoy a certain visibility. To better understand the coverage of women's football and whether there are traces of a patriarchal logic, we determined Globo Esporte as the corpus of analysis, more specifically the news published in the first quarter of 2022. The article presents a case study, with qualitative methodology, based on documentary analysis and Content Analysis by Laurence Bardin. Of the 10,075 news articles published in the period about football, men's football accounted for 9,634, compared to 441 for women's football, which demonstrates the low visibility of just 4% compared to women's football. Of the 11 categories created from the thematic content analysis, we chose to analyze, in this work, category seven, "Financial aspects, salaries, awards, hiring and technical team", as we recognize that the issue of women's financial subordination is a crucial element for patriarchy, which would help to understand whether there are still traces of patriarchal ideas in GE's coverage. We concluded that there was a significant increase in coverage in March, which signals that women need the anniversary to be on the agenda, although the site seeks to combat patriarchal logic, it still reinforces asymmetries, whether in news that dedicates few lines to the female modality, in articles that address both modalities, but only include photos of men, either by designating the female modality in the subtitle, or by not producing reports on gender inequality Keywords: Futebol. Women. Globo Esporte. Patriarchy. Memory
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