Biossensores: avanços e desafios no diagnóstico precoce do câncer de boca
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n2-456
ISSN2595-6825
AutoresHumberto Freitas Silveira Ferreira, Luciana Vieira Muniz,
Tópico(s)Head and Neck Cancer Studies
ResumoO Carcinoma Espinocelular Oral (CEC) é o câncer mais comum da cabeça e pescoço. No Brasil, em 2020, ocorreram 6.192 óbitos por câncer da cavidade oral (C00 -C10), correspondendo a um risco de morte de 2,92 por 100 mil habitantes. Entre os homens, foram 4.767 óbitos (4,60 por 100 mil) e, em mulheres, 1.425 (1,32 por 100 mil). Os cânceres orais ocupam a oitava colocação dentre os cânceres mais frequentes e apresentam uma elevada taxa de mortalidade. O carcinoma de células escamosas oral representa mais de 90% de todos os tipos histológicos. Apesar dos avanços em nosso conhecimento das causas e fatores de risco associados ao CEC, as taxas de sobrevivência para câncer oral, não melhoraram substancialmente nos últimos quarenta anos. Sua alta mortalidade é atribuída ao fato de a doença ser muitas vezes diagnosticada tardiamente. Uma pesquisa realizada em Feira de Santana – BA no ano de 2006 relatou que o nível de confiança para realizar procedimentos de diagnóstico de câncer bucal foi considerado baixo para 69,5% dos profissionais. Para Neville a capacidade de controlar o câncer oral e orofaríngeo dependerá de dois pilares: prevenção e diagnóstico precoce. Neste contexto, estudos com biomarcadores e biossensores têm mostrado um campo promissor para as pesquisas no campo da Oncologia. O fluído salivar passou a ser utilizado como meio de diagnóstico para doenças sistêmicas e crônicas como o caso de neoplasias, tendo como exemplo o câncer de cavidade oral. Os biossensores podem avaliar com precisão e assertividade o número de biomarcadores, auxiliando no diagnóstico correto do desenvolvimento de CEC. Esta biotecnologia pode ser útil para triagem de pacientes de alto risco. O diagnóstico precoce do CEC é essencial para o sucesso tratamento da doença e melhora dos parâmetros de qualidade de vida e os estudos com novas tecnologias têm permitido a individualização de alguns tratamentos e o desenvolvimento da medicina personalizada e humanizada.
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