
Avaliação de ansiedade, estresse e depressão em profissionais de saúde que atuam em ambientes de unidades de terapia intensiva
2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 5 Linguagem: Português
10.54033/cadpedv21n5-033
ISSN1983-0882
AutoresFábio Bombarda, Luiz Claudio de Andrades Lima, Antônio Carlos Siqueira Júnior,
Tópico(s)Healthcare professionals’ stress and burnout
ResumoA notável complexidade multidimensional dos ambientes críticos hospitalares detém potencial ampliador de estresse, ansiedade e depressão que podem gerar redução da qualidade de vida e da performance laboral. Médicos e equipe de enfermagem compõem a maior parte da força de trabalho envolvido nas unidades de terapia intensiva (UTI) tendo que enfrentar e se adaptar às grandes exigências de natureza psíquica, física e social existentes em seu ambiente de trabalho muitas vezes em paralelo à processos de ensino-aprendizagem. Avaliamos os níveis de estresse, ansiedade e depressão dos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem submetidos à exposição prolongada de trabalho em ambientes de UTI em um hospital geral de grande porte através da aplicação do escore DASS-21 correlacionado à aspectos biopsicossociais com mensuração da circunferência da cintura em um estudo transversal de abordagem quantitativa e descritiva com amostra de 260 profissionais lotados em 6 unidades de terapia intensiva dos quais 100 participaram atendendo aos critérios de inclusão do estudo. Concluímos que a maioria apresentou sintomas sugestivos de depressão sendo 25% leves, 20% moderados e 10% graves; quanto à ansiedade, 66% tiveram índices acima do normal e com relação ao estresse, 26% tinham índices sugestivos de sintomas graves. O tabagismo teve baixa prevalência e a obesidade abdominal atingiu 27% correlacionada positivamente com ansiedade, idade e tempo de formação. O estudo destaca a necessidade urgente de políticas e intervenções voltadas para a saúde mental desses profissionais, considerando os desafios específicos enfrentados em ambientes críticos, especialmente durante e após a pandemia. Além disso, enfatiza a importância de abordar fatores como estresse, consumo de álcool e obesidade abdominal para promover o bem-estar e a saúde integral desses profissionais de saúde.
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