
corpo negro em performance para a câmera como discurso contra-hegemônico
2024; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.30620/gz.v11n2.p293
ISSN2318-7085
Autores Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoO objetivo deste artigo é analisar o corpo negro em performance para a câmera enquanto discurso contra-hegemônico, a partir de duas atuações em filmes do Cinema Brasileiro: Zózimo Bulbul em Alma no Olho (1973) e Michelle Mattiuzzi em Café com Canela (2017). Como base teórica para esta análise, proponho o exame dos estudos sobre videoperformance, cinema negro brasileiro e teorias culturalistas. Alma no Olho é o marco inicial do Cinema Negro no Brasil. No filme, o próprio Zózimo encena a colonização e exploração do corpo negro, desde a invasão da África até a descolonização por si mesmo. Em Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, vemos Michelle Mattiuzzi como manifestação da Oxum. Mattiuzzi é uma artista performática e pesquisadora do pensamento radical negro e faz uso do próprio corpo para subverter os mecanismos de objetificação do corpo feminino negro. [Recebido em: 07 out. 2023 – Aceito em: 18 nov. 2023]
Referência(s)