
Prevalência e incidência de malformações anorretais em crianças nascidas em uma maternidade de alto risco no município de Aracaju
2024; Volume: 7; Issue: 14 Linguagem: Português
10.55892/jrg.v7i14.1081
ISSN2595-1661
AutoresAnelise Marques Feitosa de Souza, Márcia Virgínia Pereira Montalvão, Leda Maria Delmondes Freitas Trindade,
Tópico(s)Child Nutrition and Water Access
ResumoAs malformações anorretais (MAR) constituem um grupo complexo de anomalias congênitas que afetam o desenvolvimento do ânus, reto e trato urogenital. Objetivo: avaliar a prevalência e incidência de MAR em recém-nascidos até 30 dias após o nascimento. Metodologia: estudo transversal, retrospectivo e documental, realizado na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Sergipe, de 2018 a 2022. Os dados foram coletados dos prontuários da maternidade e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) com foco na classificação das malformações, intervenções primárias realizadas e desfechos clínicos. Resultados: no período do estudo, foram registrados 47 neonatos portadores de MAR, no estado de Sergipe. Desses, 12 ocorreram na MNSL, sendo os mais frequentes do tipo baixo (50%). As intervenções mais comuns incluíram anorretoplastia sagital posterior (ARPSP) em 50% dos casos e colostomias em 30%. Os eletroestimuladores estavam disponíveis e foram utilizados em 100% das ARPSP realizadas. Nos primeiros 30 dias, a taxa de mortalidade pós-operatória foi de 25% e 16.67% de neonatos falecidos sem realizar qualquer intervenção cirúrgica, devido à gravidade das patologias associadas. A taxa de complicação pós-operatória foi de 50% e a taxa de mortalidade nos pacientes sem comorbidades associadas foi de 0% Conclusão: a incidência de MAR, em Sergipe, no período, foi de 0,256 por 1000 nascimentos. 25,53% dos casos foram atendidos na MNSL, e alcançaram uma taxa de mortalidade global de 50%. Apesar da disponibilidade de recursos, as MAR apresentam desafios consideráveis, especialmente para os pacientes com graves patologias associadas.
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