
MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO EM PHILIP ROTH SEGUNDO A OBRA INDIGNAÇÃO (2017)
2024; Volume: 7; Issue: 24 Linguagem: Português
10.32359/debin2024.v7.n24.p81-104
ISSN2595-2803
AutoresRenata Wirthmann Gonçalves Ferreira, Jordana Santos Nunes,
Tópico(s)Jewish and Middle Eastern Studies
ResumoO presente artigo científico apoia-se nos referenciais teóricos da psicanálise como possibilidade de explorar a obra Indignação (2017) do escritor americano Philip Roth. O encontro entre psicanálise e literatura e o intercâmbio entre estes dois campos de saber podem ser percebidos desde as primeiras publicações do pai da psicanálise, Sigmund Freud. Para tanto, apoiado teoria psicanalítica, buscamos percorrer o texto de Roth a fim de perscrutar o mal-estar na cultura presente na narrativa. Ambivalências, momentos de intensidade narrativa e repetições de palavras foram elementos averiguados e compuseram a análise da obra. A contribuição freudiana para esse trabalho se sustentou, fundamentalmente, nos textos O mal-estar na civilização (1930) e O futuro de uma ilusão (1927). Conclui-se, portanto, que a neurose é um resultado indissociável do processo civilizatório, pois ambos recobrem simultaneamente aspectos sociais e psíquicos inerentes à formação humana, logo os conceitos de neurose, inconsciente, psicose, pulsão, recalque, repressão e cultura estão presentes no corpo do artigo e norteiam a discussão atrelada ao romance.
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