Artigo Acesso aberto

Práticas pedagógicas na educação infantil: desafios dos professores no ensino de crianças com TEA em escolas da rede privada e pública

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 5 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n5-154

ISSN

1983-0882

Autores

Maria Eliana Alves Lima, Priscila de Sousa Barbosa Castelo Branco, Vitória Maria Galvão Coqueiro,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

O artigo discorre sobre os conceitos fundamentais do trabalho pedagógico com estudantes que apresentam transtorno do espectro autista (TEA) e promove uma reflexão sobre as dificuldades dos docentes na prática pedagógica escolar com o autismo, sobre os desafios dos professores na organização de rotina pedagógica, no uso de espaços escolares e no relacionamento com a família. Parece contraditório que a escola, um espaço essencialmente inclusivo, não consiga atender às necessidades dos estudantes que carecem de intervenção pedagógica diferenciada e deixe sob a responsabilidade dos professores os processos de formação nessa temática. Para percorrer os fenômenos subjetivos a essa discussão, a pesquisa caminha numa perspectiva metodológica de caráter quanti-qualitativa, fundamentada nos principais autores que dissertam sobre o tema, tais como Alves (2006), Amorim (2015), Greenspan e Wieder (2006), Garcia (2008), Facion (2013), Leo Kanner (1943), entre outros. Para tanto, utiliza-se de observação em duas escolas de educação infantil, sendo uma pública e uma privada, além de aplicação de questionário para dez professoras com foco na prática pedagógica, na formação inicial e continuada e nas condições estruturais de atendimento aos estudantes. O objetivo da pesquisa foi evidenciar as vivências dos docentes nas redes pública e privada sobre as práticas pedagógicas na educação infantil com estudantes que apresentam TEA. Com os resultados obtidos foi possível identificar que entre as principais dificuldades dos docentes estão: pouco conhecimento e/ou preparação sobre o autismo, ausência de apoio pedagógico, inexistência ou carência de materiais e recursos necessários, adaptação do currículo para o trabalho com crianças autistas. A conclusão apresenta tais dificuldades, deixando evidente a necessidade de que haja investimentos e políticas públicas educacionais nessa área, sobretudo para as ações formativas de caráter inicial e de formação continuada para os professores.

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